Mesmo com a solidariedade dos fiscais que aguardaram até o último milésimo de segundo para fechar os portões, ao mesmo tempo em que gritavam para os mais atrasados correrem, Carol Costa, 20 anos, não conseguiu chegar a tempo para o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Dois minutos depois de o cadeado ser trancado, restou à caixa de um mercado de Águas Claras, há pouco mais de 22 quilômetros do centro de Brasília, lamentar.

“Estava trabalhando e me liberaram às 11h. Agora é só no ano que vem”, disse. O atraso ocorreu por uma confusão que prejudicou outras pessoas ontem. Duas unidades de um mesmo centro universitário, a UDF, foram usadas como um dos pontos de aplicação do exame. O problema é que elas ficam a uma distância de quase dois quilômetros uma da outra.

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Algumas pessoas contratadas para panfletar em frente ao prédio não quiseram se identificar, mas relataram que isso gerou muita confusão ontem (8), no primeiro dia de prova do Enem. Segundo elas, como faltavam minutos para o fechamento dos portões, mesmo com a correria, nem todos chegaram ao local certo a tempo.

“Mas eu fiz a prova ontem e sabia que era aqui, mas eu peguei um caminho diferente e me confundi”, contou Carol que concluiu o ensino médio e esperava ingressar numa faculdade agora. Ela ainda tentou convencer os fiscais, mas o cadeado havia sido trancado.

Em resposta, a assessoria de imprensa do Ministério da Educação lembrou que durante toda a campanha de divulgação do Enem, o órgão orientou, repetidas vezes, para que os participantes conferissem o endereço no cartão de confirmação da inscrição entregue há 15 dias. De acordo com os assessores, além da recomendação havia alerta para que os participantes que pudessem fosse ao local dias antes, para evitar confusões no dia da prova, e que chegassem com antecedência de uma hora.

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Agência Brasil
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