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Enem: Ministro anuncia liberação das notas, mas estudantes têm dificuldade para acessar resultados

Cronograma do Inep previa divulgação na sexta-feira, 11; resultado foi antecipado em meio à instabilidade no sistema

9 fev 2022 - 23h55
(atualizado em 5/10/2022 às 18h29)

Apesar de o ministro da Educação, Milton Ribeiro, ter anunciado nesta quarta-feira, 9, que os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 já estavam disponíveis para estudantes que buscam ingressar no ensino superior, alunos apontaram instabilidade e atraso no sistema para ter acesso às notas.

O cronograma estabelecido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, previa a divulgação das notas na sexta-feira, 11. Ribeiro, no entanto, anunciou a antecipação pelas redes sociais. Diante das queixas dos alunos, o Inep informou, em nota, que os resultados estariam disponíveis "nas próximas horas". Somente a partir das 23h é que os estudantes começaram a ter acesso aos resultados, mas a instabilidade continuou.

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O Enem é usado para a entrada na maioria das universidades federais do País. Universidades estaduais, como a Universidade de São Paulo (USP), também destinam parte das vagas para os concorrentes das provas. O resultado do exame é a forma de se classificar para o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Financiamento Estudantil (Fies), além de ser um caminho para entrar em universidades estrangeiras.

No ano passado, o exame foi aplicado em meio a denúncias de tentativa de controle sobre questões da prova e crise com servidores Inep. Quase 40 servidores de cargos de coordenação, ligados à realização da prova, pediram demissão às vésperas da aplicação do Enem. O presidente do Inep Danilo Dupas - o quarto em três anos - foi acusado pelos funcionários de desmonte do órgão mais importante do Ministério da Educação (MEC), assédio e desconsideração de aspectos técnicos na tomada de decisões. Ele nega as acusações.

Desde 2005, o Enem não tinha número tão baixo de inscrições. E, naquela época, a prova nem era usada para entrar em universidades públicas. O total de candidatos - cerca de 3,4 milhões - é quase metade do que o MEC esperava de inscritos no início do ano passado. Em relação a 2020, houve redução de 41% no total de inscrições.

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