O ministro da Educação, Camilo Santana, afastou a possibilidade de anular o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, após o vazamento de página da prova. Em coletiva realizada na noite deste domingo, 5, ele destacou que o caso ocorreu após o início das provas, não causando impactos na realização do exame.
Segundo Santana, a Polícia Federal fez duas diligências - uma em Pernambuco, na casa do autor da postagem, e outra no Distrito Federal para apurar o vazamento.
Na imagem que circula nas redes sociais, é possível ver as orientações para a redação, que, nesta edição, foi sobre "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil". São exibidos quatro textos motivacionais usados como base para a dissertação dos candidatos.
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Ainda de acordo com Santana, o Inep - responsável pela aplicação do Enem - divulgou o tema da redação antes mesmo da imagem ser publicada nas redes sociais.
Manuel Palacios, presidente do Inep, disse que não há a menor dúvida de que as imagens passaram a circular depois do fechamento dos portões. "Portanto, não há possibilidade de envolvimento de qualquer servidor do Inep, até porque eles não tiveram acesso a essas provas no momento de sua aplicação", acrescentou na coletiva.
"A partir de 13h, os portões de todos os locais de aplicação são fechados e o início da aplicação ocorre às 13h30. As imagens circularam após o fechamento dos portões e início da aplicação. Claro que consiste em um delito, circular imagens de uma prova que até 18h30 deveria permanecer restrita aos alunos, e isso deve ser apurado", conclui Palacios.