Um suposto documento com a cópia do caderno de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) circulou em grupos de WhatsApp neste domingo, 12, antes do horário permitido para que os alunos pudessem sair com ele. A informação é do jornal O Globo.
Um arquivo em PDF com a prova completa, do caderno de cor amarela, foi compartilhado por volta das 17h. A prova começou às 13h30. A partir das 15h30, já era autorizada a saída dos alunos que tivessem finalizado o exame. No entanto, a saída com o caderno com o conteúdo do exame só poderia ocorrer a partir das 18h.
O Terra comparou o documento vazado com as provas realizadas pelos candidatos e comprovou que eram iguais.
Assim como no vazamento do 1º dia do Enem, acredita-se que o material somente teria entrado em circulação após o início da aplicação do exame.
O Terra entrou em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e com a Polícia Federal (PF) em busca de um posicionamento, e aguarda um retorno.
Neste domingo, o órgão havia afirmado que reforçaria a segurança e monitoraria as redes sociais para identificar rapidamente eventuais vazamentos no segundo dia de avaliações.
Vazemento no 1º dia do Enem
Oito pessoas suspeitas de vazar o caderno de questões do primeiro dia do Enem 2023 já foram identificadas pela Polícia Federal.
Imagens da prova viralizaram nas redes sociais no domingo passado, 5, três horas antes do permitido. O candidato só pode sair da sala com o caderno de questões 30 minutos antes do final da prova, que era às 19h.
"As fotografias foram detectadas por meio de monitoramento do MEC e do Inep, que prontamente acionaram a Polícia Federal para investigar as irregularidades. Após apurações, não há nenhuma informação de postagem de conteúdo da prova antes do horário estipulado para início da aplicação", diz a nota oficial.
A PF realizou oitiva com as pessoas que cometeram as irregularidades nas cidades de Caruaru (PE), Natal (RN), Cornélio Procópio (PR) e Brasília (DF), além de diligências no Rio Grande do Sul e no Ceará.
A investigação ainda apreendeu materiais com suspeita de uso para aplicação de fraude em Maceió (AL) e Vitória da Conquista (BA).
