Espera pela prova do Enem provoca mal-estar em estudantes

Uma participante desmaiou na fila. Foi socorrida e conseguiu entrar no local da prova com a ajuda de brigadistas

8 nov 2014 - 13h46
(atualizado às 13h59)
Alunos se reúnem em frente à faculdade Uninove, Campus Barra Funda, localizada na Zona Oeste de São Paulo, para prestar o exame
Alunos se reúnem em frente à faculdade Uninove, Campus Barra Funda, localizada na Zona Oeste de São Paulo, para prestar o exame
Foto: Fernando Neves / Futura Press

Meio dia, no horário de Brasília, os portões foram abertos para quem vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCeub), uma fila se estendia por mais de uma quadra, com participantes que se anteciparam para não perder a hora. Foi mais de 30 minutos para que todos entrassem.

A estudante Aline dos Santos Coelho, 19 anos, chegou às 10h15. "É muita ansiedade. Vai que chego atrasada, isso não poderia acontecer". Ela era a primeira da fila. Moradora do Gama, região administrativa a cerca de 30 quilômetros (km) do Plano Piloto, onde está localizado o UniCeub.

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Com a greve de ônibus, o sogro a trouxe. Ela conciliou estudo e trabalho para se preparar para o Enem e está confiante, quer cursar educação física. Uma surpresa no cartão de confirmação de inscrição desanimou, ela disse que marcou espanhol como língua estrangeira e na confirmação veio inglês. "Não sei nada de inglês. Como tive acesso ao cartão em cima da hora, nem consegui reclamar".

Ao lado dela, Arlane de Moraes Santos, 25 anos, que está fazendo o Enem pela terceira vez. Ela pretende pleitear uma bolsa de gastronomia no próprio UniCeub, com o Programa Universidade para Todos (ProUni). Arlane também chegou às 10h. "Tudo já deu errado essa semana, pelo menos isso tem que dar certo. Mas vai dar certo", diz.

A espera no sol, já que o local tem poucos lugares de sombra, somada ao nervosismo fez com que candidatos passem mal. Uma participante desmaiou na fila. Foi socorrida e conseguiu entrar no local da prova com a ajuda de brigadistas. Luzia Furtado foi quem a socorreu. Ela estava na fila com o filho, Yuri Furtado, 23 anos. Ambos chegaram às 10h30.

Yuri sofreu um acidente e tem problemas de memória. Chegaram mais cedo para tentar conseguir, apresentando a carteira de pessoa com deficiência e os medicamentos, duas horas a mais de prova. "Não sabia que ele tinha direito a isso até chegar o cartão de confirmação de inscrição. Vamos ver se conseguimos alguma coisa", diz a mãe. Yuri mora em Florianópolis, onde cursava educação física. Agora quer usar o Enem para ingressar num curso de nutrição.

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Neste sábado, os participantes farão as provas de ciências humanas e ciências da natureza. Os portões fechara, pontualmente às 13h no horário de Brasília. São mais de 8,7 milhões de inscritos, número recorde, que farão a prova em mais de 1,7 mil cidades.

Foto: Arte Terra

Agência Brasil
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