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Família de menino que morreu após agressão em escola é alvo de ameaças

Familiares de Carlinhos passaram a receber ameaças após perfis falsos divulgarem fotos de adolescentes e os vinculando à morte do menino

2 mai 2024 - 16h05
(atualizado às 22h53)
Escola Estadual Professor Julio Pardo Couto
Escola Estadual Professor Julio Pardo Couto
Foto: Reprodução/Google Maps

A família do adolescente Carlos Teixeira, que morreu aos 13 anos depois de ser vítima de bullying e agressão física em uma escola de Praia Grande (SP), vem sofrendo ameaças por meio da internet. Isso ocorre depois que um perfil falso divulgou em uma rede social uma lista com o nome de adolescentes, dizendo que teriam envolvimento na morte dele.

De acordo com o Cidade Alerta, da Record TV, as fotos de adolescentes não são de pessoas que têm relação com o crime. A família afirma que os posts não foram feitos por eles e que a divulgação vem de perfis falsos.  

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"Os outros acham que é a nossa família postando, mas não estamos postando nada. Por causa dessa fake news que estão vindo ameaças", afirmou o pai do menino, Julisses Fleming. 

A ameaça foi enviada para a cunhada dele, que tem um perfil de salão de beleza nas redes sociais. “Ela ficou apavorada. Isso tudo partiu de uma mentira", relatou o homem. Na mensagem, um anônimo escreve que ‘vai morrer todo mundo’. 

"Boa noite sua vagab**** já sabemos onde você mora, onde você trabalha e sua família mora. Vai morrer todo mundo, sua desgraçada. Tão acusando gente inocente, menino entrando em depressão por vocês estarem gostando dos nossos amigos. A próxima é você, sua vagab****", diz a mensagem. 

Além da dor de perder um filho, a família também está sofrendo com os ataques após toda a repercussão do caso. “Cheguei em casa, mulher chorando, minha filha chorando, família tudo com medo. Minha mulher não consegue dormir, não consegue comer. Minha filha está apavorada”, diz Julisses. 

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Em um post nas redes sociais, a advogada da família, Amanda Mesquita, comentou o caso, apontando que a divulgação de fotos de adolescentes é crime e salientou que as imagens divulgadas não são dos supostos agressores. 

“Gente, tem pessoas que estão tendo foto divulgada e que nem tem nada a ver com essa história. [...] Por favor, parem de procurar culpados, parem de caçar assunto com a história do Carlinhos. Isso não é um problema de vocês, isso é responsabilidade da Justiça. A polícia está investigando. Se vocês querem realmente ajudar essa família, parem de divulgar fake news. Parem de colocar foto de outras pessoas, isso está gerando uma questão exagerada. A família do Carlinhos está sendo ameaçada. Ou vocês estão preocupados com a família, tão chorando e preocupados com a dor de uma mãe, ou vocês estão querendo saber quem é o culpado a todo custo e não entendo que isso pode estar gerando outras consequências”, declarou. 

Morte de Carlinhos

Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazara, de 13 anos, morreu em 16 de abril, após ser agredido na escola. O menino sofreu chutes nas costas. Ele foi internado na Santa Casa de Santos, pois estava com dificuldades para respirar, sofreu três paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.

O pai do menino contou que o filho estava no 6º ano e vinha sendo vítima de agressões e perseguição por outros alunos da escola. De acordo com ele, apesar de ter entrado em contato com a instituição de ensino para relatar os episódios de bullying, nada foi feito.

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Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou lamentar profundamente o falecimento do estudante. "A Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações", acrescentou a pasta.

Fonte: Redação Terra
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