Um estudante de 14 anos denunciou ter sido alvo de injúria racial e homofobia por colegas de sala em uma escola no Rio de Janeiro. Segundo a ocorrência, as agressões começaram no ano passado por meio de um grupo de WhatsApp. As informações são do jornal O Globo.
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O adolescente está no 8º ano e estuda no Colégio pH. Ao jornal, a tia da vítima, Sheila de Paula, explicou que o caso foi registrado na delegacia em 9 de agosto. Desde então, após quase um mês da ocorrência formal, a escola apenas teria mudado a vítima de turma.
“Eu não acredito que essa seja a única medida a ser providenciada pela escola. Os ataques são recorrentes, meu sobrinho perdeu a vontade de estudar. No começo desse ano ele queria mudar de escola e foi aí que descobrimos os ataques. Como nada foi feito de forma efetiva, recorremos à polícia”, disse a tia.
Em meio às trocas de mensagens, por exemplo, uma aluna teria assumido ser “a maior homofóbica que existe com orgulho”, após chamar a vítima de “viado”. Também enviaram uma figura com a frase: "Gay não opina aqui".
Com relação à injúria racial, além de risadas e olhares em tom preconceituoso, a vítima também foi chamada de “preto” e “macaco”.
O Colégio pH informou ao veículo que “repudia qualquer atitude discriminatória e qualquer ação nesse sentido não condiz com os valores e diretrizes adotados pelo colégio. Nesse sentido, o colégio lamenta o ocorrido em um grupo de WhatsApp dos estudantes”.
Além disso, a instituição informou ter apurado o ocorrido e que “reuniu-se com os envolvidos e seus familiares a fim de garantir todas as medidas necessárias para que o respeito e a igualdade sempre prevaleçam, tratando o assunto com toda a seriedade que ele merece”. O colégio também afirma que “aplicou as sanções e tomou as medidas educativas necessárias”.