Uma aula elaborada pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo usou um vídeo do Movimento Brasil Livre (MBL) Estudantil como recurso pedagógico. O vídeo foi inserido em um slide destinado aos estudantes do 2º ano do ensino médio. As informações foram divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
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O MBL Estudantil, uma extensão do MBL lançada em 2019, foi criado para competir com a União Nacional de Estudantes (UNE) e contestar uma suposta "doutrinação" por parte de professores em sala de aula. O vídeo utilizado pela secretaria faz parte da quinta aula de Língua Portuguesa, intitulada "Ler para conhecer: protagonismo na escola".
Conforme descrito na própria cartilha, a intenção era "analisar a relevância do grêmio estudantil e do protagonismo juvenil dentro da escola". Nas imagens, a narradora aborda as atribuições dos grêmios estudantis e seu funcionamento. Posteriormente, ela comemora a ampliação do alcance do MBL nas escolas pelo País.
"Hoje, o MBL estudantil já está em mais 3 mil escolas e nós já temos oito grêmios estudantis que os nossos alunos já ganharam", diz a apresentadora.
Esses slides de aulas são fornecidos pela secretaria como sugestão aos professores, que têm a liberdade de editar o material conforme desejarem. A pasta, aliás, informou que o material já foi retirado da plataforma e que vai apurar o caso.
"A Secretaria da Educação informa que a referida aula foi retirada da plataforma e seu conteúdo completamente editado a fim de se adequar aos protocolos pedagógicos da rede. Uma apuração preliminar foi instaurada para responsabilizar os envolvidos e um novo protocolo de revisão de aulas e demais conteúdos foi estabelecido", diz a nota.
O Terra entrou em contato com a assessoria do MBL e aguarda retorno.