Funcionários e servidores em greve da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fizeram uma passeata que terminou nas portas do Hospital de Clinicas da universidade nesta segunda-feira. Cerca de 300 pessoas, segundo a organização do protesto, fecharam o principal acesso ao setor de saúde da cidade universitária e somente ambulâncias e veículos com identificação de transportes de doentes puderam acessar o local.
Centenas de motoristas de ônibus e carros particulares foram obrigados a seguir por um trafego moroso até o meio da tarde de hoje. Os manifestantes fizeram piquetes nas três principais guaritas de acesso que fazem acesso ao campus da universidade e em especial a avenida de acesso ao HC.
"Retorno ao diálogo", segundo umas das faixas e cartazes dos o que ocuparam as duas faixas de rolamento de veículos. "Queremos 10%", exigia o coro de manifestantes contra a decisão do Conselho de reitores das Universidades do Estado de São Paulo (Cruesp ) que deliberou no começo do mês zero de reajuste para os servidores das universidades públicas: Unicamp, Usp e Unesp.
O protesto ganhou corpo ainda mais com o segundo cancelamento de reunião para discussão do tema. O mês de junho é a data-base da categoria que não concorda em levar para o final do ano o assunto do reajuste. O atraso seria a queda da arrecadação do ICMS afetando as unidades, de acordo com a Cruesp.
Sem uma previsão de nova rodada de negociação, o STU previa uma sinalização de uma reunião com a reitoria com a reabertura de negociação com o Creusp nas próximas horas o que não aconteceu.
Uma reunião no final da semana passada e outra para o inicio dessa semana foram canceladas. Com isso, os servidores prometem novas manifestações até que se restabeleça uma sinalização para o debate de uma negociação.