Professores britânicos estão recebendo reclamações de pais por discutirem os livros da saga Harry Potter em sala de aula, pois estariam expondo as crianças à “bruxaria e ao satanismo”. As informações são do The Independent.
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Tom Bennett, especialista em comportamento escolar, afirmou que pais, especialmente os religiosos, estão preocupados que a série “banalize atos de magia”. Em palestra em um evento no London’s City Hall, Bennett afirma que “Harry Potter lida com o oculto. Muitos pais estão desconfortáveis com suas crianças discutindo, estudando ou lendo qualquer coisa que tenha a ver com o oculto. Para muitos responsáveis, particularmente os evangélicos e os muçulmanos, o oculto não é algo que existe somente na ficção, mas é real e bem presente em algumas crenças”.
“Muitos pais, principalmente se foram testemunhas de Jeová, pedirão para que suas crianças não sejam expostas a livros que banalizem ou normalizem atos de magia. É parte da bruxaria e satanismo”, completa.
Apesar de Harry Potter não fazer parte do programa literário da língua inglesa, sua popularidade fez com que muitas escolas adotassem a série nas bibliotecas e ocasionalmente nas aulas também.
Bennett pediu aos educadores que dialoguem continuamente com os pais e as mães. “Nós sugerimos que os professores expliquem que o livro ajuda a desenvolver a linguagem e a criatividade... Se há alguma razão para os responsáveis não quererem que a obra seja ensinada, o professor precisa ser flexível na hora de passar o conteúdo e desenvolver alternativas para ensinar esses alunos”.
A série de J.K. Rowling tem originado debates calorosos em várias comunidades religiosas por causa de seu conteúdo. Durante o auge de sua popularidade, entre 2001 e 2009, os livros da saga foram os que mais enfrentaram desafios para serem incluídos nas livrarias públicas dos Estados Unidos.