- Voltaire Schilling
No dia seis de junho de 1944, chamado o "Dia D", o dia decisivo, os aliados ocidentais desembarcaram nas costas da França, dando início ao fim da Segunda Guerra Mundial, começada cinco anos antes pela invasão nazista à Polônia. Simultaneamente ao desembarque do lado ocidental, no Leste da Europa, a URSS lançou uma poderosa ofensiva contra os nazistas, levando tudo de roldão.
Onze meses depois a Alemanha nazista rendia-se para os vencedores. O Japão, aliado dos nazistas, seguiu o mesmo caminho quatro meses depois. Em agosto de 1945, todas as ações militares haviam sido suspensas, terminara a maior e pior guerra que a humanidade jamais travara.
O maior desembarque de todos os tempos
No Dia D deu-se a maior operação militar aeronaval da história. Naquela data, 155 mil homem dos exércitos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá, lançaram-se nas praias da Normandia, região da França atlântica, dando início à libertação europeia do domínio nazista.
Transportados por uma frota de 14.200 barcos, protegida por 600 navios e milhares de aviões, asseguraram uma sólida cabeça-de-praia no litoral francês e dali partiram para expulsar os nazistas de Paris e, em seguida, marchar em direção à fronteira da Alemanha. Era o primórdio do colapso final do III Reich, o império que, segundo a propaganda nazista, deveria durar mil anos.
O clamor pela "Segunda Frente"
Desde 1942, os soviéticos, que estavam sofrendo horrores para deter e fazer os nazistas recuarem da URSS, vinham clamando para que seus aliados ocidentais, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, abrissem um fronte no ocidente para aliviar a fortíssima pressão que o exército alemão exercia sobre o território russo. Desde que ocorrera a invasão do solo soviético, em 22 de julho de 1941, a Wehrmacht havia conquistado imensas fatias do território russo, fazendo com que a sua linha ofensiva saísse da região de Leningrado, no norte do país, se estendesse em direção à linha Moscou-Smolesk, chegando até o Cáucaso, a cadeia de montanhas bem ao sul da URSS.