A mãe da bebê mordida por uma professora em uma escola em Uberlândia (MG) se sente culpada pelo ocorrido e acorda chorando durante as noites, segundo o pai da criança.
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"Eles não estão preocupados como a minha filha está, como a minha esposa está. Porque todos os dias ela tem acordado chorando com essa situação que passou. Ela se sente culpada. E a escola não está preocupada com isso, está preocupada com a imagem e a reputação dela", afirmou o homem, que não quis ser identificado, à TV Integração, afiliada da Rede Globo.
A mãe, que também preferiu não ser identificada, disse que é "muito difícil ver" as imagens da agressão. "Todos ficaram ali, olhando pra ela e ela chorando minutos. Ficaram puxando o braço dela pra ver se tinha ficado a marca, passando um creme com toda a força. Isso me destruiu. Foi algo, assim, que eu nunca pensei [...] A minha filha tem um ano e não tem como se defender."
O caso aconteceu no último dia 7. Uma professora da escola "Tutti Bambini" mordeu a bebê de apenas um ano e disse aos pais que a própria criança havia se mordido. Imagens da agressão foram obtidas pela emissora.
Segundo boletim de ocorrência, os pais notaram a marca de mordida ao irem buscar a criança no berçário. Eles desconfiaram da versão contada e pediram para que as câmeras de segurança fossem monitoradas -- as imagens mostraram que a professora havia mordido a bebê.
Em nota à emissora, a "Tutti Bambini" informou que as mulheres que aparecem nas imagens -- uma que deu a mordida e a outra que presenciou o ocorrido -- foram demitidas por justa causa.
"A segurança e o bem-estar de todos os nossos alunos é o nosso bem maior e, por isso, toda investigação interna foi realizada, assim como prestamos todo apoio à aluna e seus familiares", disse a escola.
"Queremos ressaltar que, ao longo de mais de 10 anos de história, nossa escola sempre pautou por um alto padrão de cuidado e atenção. Sob nossa direção, há quase 5 anos, temos priorizado a criação de um ambiente familiar e de apoio, como já é percebido por todos os pais que estão conosco durante todo esse tempo. No entanto, reconhecemos que não temos controle sobre as reações e comportamentos individuais, e situações inesperadas podem ocorrer", acrescentou.
O Terra também entrou em contato com a Polícia Civil e com a escola sobre o ocorrido e aguarda retorno. Como os nomes não foram divulgados, a reportagem não encontrou as mulheres envolvidas. O espaço segue aberto para manifestações.