Oferecimento

Japão pede para que universidades cancelem cursos de humanas

A área de ciências sociais também será afetada. Ministro da Educação pede para que cursos 'contemplem as necessidades da sociedade'

15 set 2015 - 15h24
(atualizado às 15h27)
As universidades de Tokyo e Kyoto, as mais prestigiadas do país, afirmaram que não irão acatar o pedido
As universidades de Tokyo e Kyoto, as mais prestigiadas do país, afirmaram que não irão acatar o pedido
Foto: iStock

Vários cursos de ciências sociais e humanas serão cancelados no Japão após um pedido para que universidades “sirvam áreas que contemplem as necessidades da sociedade”. As informações são do site Times Higher Education.

Siga Terra Educação no Twitter 

Publicidade

Siga Terra Notícias no Twitter

Das 60 universidades nacionais que oferecem cursos nessas disciplinas, 26 confirmaram que irão cancelar ou reduzir essas matérias conforme o pedido do governo japonês.

A ação se deu após o ministro da Educação, Hakuban Shimomura, enviar uma carta às 86 universidades nacionais do Japão pedindo que “tomem ações para abolir organizações (de ciências sociais e humanas) ou sirvam áreas que contemplem as necessidades da sociedade”.

O decreto ministerial foi colocado pelo presidente de uma das instituições como “anti-intelectual”, enquanto as universidades de Tokyo e Kyoto, as mais prestigiadas do país, afirmaram que não irão acatar o pedido.

Publicidade

No entanto, 17 universidades irão parar de recrutar estudantes para cursos nas áreas de humanas e ciências sociais, incluindo direito e economia, de acordo com uma pesquisa feita pelo jornal The Yomiuri Shimbun.

Segundo o estudo, o Conselho de Ciência do Japão expressou em agosto uma “profunda preocupação com o provável impacto que a ação administrativa teria sobre o futuro das ciências sociais e da área de humanas no Japão”.

Acredita-se que o pedido seja parte dos esforços do presidente Shinzo Abe para promover o que ele chama de “vocações educacionais mais práticas que satisfaçam as necessidades da sociedade”.

Porém, a ação também pode ser conectada com a atual pressão financeira sobre as universidades japonesas, relacionada ao baixo índice de natalidade e a diminuição do número de estudantes. Esses fatores contribuem para que muitas instituições funcionem 50% abaixo de sua capacidade.

Publicidade
Fonte: Terra
Fique por dentro de vestibulares, Enem e dicas para a sua carreira!
Ativar notificações