Lição de casa 'nunca mais será a mesma', diz fundador do ChatGPT

Para Sam Altman, a Inteligência Artificial vai revolucionar a educação, assim como as calculadoras fizeram

12 jun 2023 - 19h57
(atualizado às 22h56)
Foto: Estadão

As ferramentas de Inteligência Artificial vão revolucionar a educação, assim como as calculadoras fizeram, mas não vão substituir o processo de aprendizagem, afirmou o fundador do ChatGPT, Sam Altman, durante um colóquio com estudantes em Tóquio, nesta segunda-feira, 12, no qual defendeu essa nova tecnologia. "Provavelmente, os ensaios de redação nunca mais serão os mesmos", disse Altman, em uma palestra na Universidade Keio.

"Temos uma nova ferramenta na educação. Como uma calculadora para as palavras", afirmou. "E a forma como ensinamos terá que mudar, e a forma como os estudantes são avaliados também vai ter de mudar", completou.

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A Inteligência Artificial generativa do ChatGPT tem cativado a atenção dos usuários com sua capacidade de gerar conversas, redações e traduções que parecem terem sido feitas por um humano em questão de segundos. Ao mesmo tempo, tem gerado preocupação em vários setores, incluindo a área educacional, já que muitos temem que os estudantes abusem dessa ferramenta, em vez de fazerem seus próprios trabalhos.

Altman visitou a capital do Japão como parte de uma turnê mundial, na qual tem-se reunido com líderes políticos e empresas para discutir as possibilidades oferecidas pela inteligência artificial e o tema de sua regulação. O executivo pede aos líderes políticos que criem marcos regulatórios para a inteligência artificial, advertindo que, "se algo der errado com essa tecnologia, pode dar muito errado".

"As ferramentas que temos ainda são muito primitivas em comparação com o que teremos daqui a alguns anos", afirmou Altman nesta segunda-feira, reiterando seu apelo pela regulação nessa área.

O executivo disse se sentir "otimista" sobre uma implementação de regulações para a inteligência artificial, após se encontrar com vários líderes mundiais, mas reiterou seus receios. "Nos sentiríamos muito responsáveis, não importa o que possa dar errado", acrescentou. / AFP

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