Antes dos vídeos dos alunos da Universidade Santo Amaro (Unisa) pelados durante uma competição universitária viralizarem, a instituição já havia virado motivo de comentários na internet por causa dos trotes violentos. Em 2021, uma página chamada Relatos Unisa foi criada no Instagram para "denunciar e expor comportamentos absurdos praticados por futuros médicos" da faculdade particular.
O perfil não está mais ativo, mas ainda é possível encontrar prints feitos por uma jovem no X (antigo Twitter). As publicações expostas por ela detalham quem seriam um veterano e uma ex-aluna que teriam praticado violências e abusos durante trotes na faculdade.
"Conhecido como 'Curintia' na universidade de Santo Amaro. Em breve estará 'salvando vidas' por aí, está no último ano de faculdade. Ele gosta de dar tapas no rosto e cuspir no rosto de seus calouros. Inacreditável... e ainda irá lidar com vidas de outras pessoas, mas não tem a mínima condição", dizia o administrados do perfil desativado.
Já sobre uma ex-aluna conhecida como 'Incesto', há a afirmação de que ela seria "a mais temida de todas". "Aplica trotes tão pesados que teve dificuldade para tirar o CRM, porque estava respondendo processo devido a abusos no trote. Atualmente está por aí atendendo como médica. Se você encontrar com ela, corra!", dizia a publicação.
A própria universidade iniciou uma campanha contra os trotes. Em seu perfil no Instagram é possível ver imagens que pedem que seja feita uma "gincana solidária" no lugar dos trotes. "Quem sofre não esquece! Diga não ao 'trote'!", diz uma publicação.
Relembre o caso
Em imagens gravadas em maio, em uma partida amistosa de vôlei feminino, disputada entre a Universidade Santo Amaro (Unisa) e o Centro Universitário São Camilo, homens mostraram o órgão sexual para as adversárias, enquanto o outro grupo, formado também por mulheres, exibiram as nádegas. Nos registros, foram vistos 20 alunos da Unisa com as calças abaixadas.
Em um outro momento, alguns alunos correm pelados pela quadra. Alguns alunos, que não quiseram se identificar, confirmaram que ''brincaram'' na situação, mas que não exibiram as genitais.
A Unisa informou que expulsou os alunos que já foram identificados no caso. Esses estudantes serão investigados pelo crime de ato obsceno.