Um menino de 10 anos foi espancado ao sair da escola, do lado de fora da EM Doutor João Queiroz, no bairro de Vila Nova, zona norte de Manaus (AM), na última quinta-feira, 1º. Ele chegou a ser hospitalizado, mas morreu no último domingo, 4. Identificado como Luiz Eduardo Arcanjo Cordovil, ele chegou em casa passando mal após a agressão.
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A família relatou à polícia que o menino levou chutes e pisões na cabeça, e foi socorrido por um colega, sendo levado para casa. De lá, foi para o hospital relatando dores e mal estar.
Segundo o boletim de ocorrência, Luiz morreu no domingo. Ele foi sepultado na segunda-feira, 5, no Cemitério Parque Taumã, em Manaus.
A polícia colhe depoimentos e informações para tentar elucidar o caso. Em nota ao Terra, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que a morte está sob investigação e o caso é apurado pela Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai). Segundo a PC, mais informações serão divulgadas conforme o andamento das diligências.
O Terra entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Manaus, que lamentou a morte de Luiz, e disse que nenhum fato foi registrado pelas câmeras de segurança da unidade escolar, e que, ao ser informada da situação, deu total apoio à família com transporte e providenciando o auxílio funeral.
"A Semed ressalta que trabalha, durante todo o ano letivo, ações de combate à violência em todas as etapas e modalidades de ensino, com apoio de psicólogos e assistentes sociais. Nada se compara à perda de um filho, e a Prefeitura de Manaus se coloca à disposição para colaborar com as investigações das autoridades competentes", diz a nota.
A Prefeitura de Manaus informou, por meio da Semed, que na manhã desta quarta-feira, 7, o subsecretário de Gestão Educacional, Júnior Mar, acompanhado de assessores pedagógicos que coordenam projetos de ações de combate à violência e ao bullying na rede municipal de ensino, estiveram reunidos com os pais e responsáveis dos estudantes atendidos pela escola municipal Dr. João de Queiroz, onde ouviram relatos sobre a direção da unidade. Em conversa, ficou acordado que, nesta quinta-feira, 8, será realizada outra reunião com a participação de mais pais/responsáveis, já que a escola atende mais de mil alunos. A Semed prioriza pela a segurança dos estudantes e de toda comunidade escolar.
Na terça-feira, 6, amigos e familiares fizeram um protesto em frente à escola cobrando por justiça. Segundo a família, colegas de turma de Luiz foram responsáveis pela agressão. A informação, no entanto, não foi confirmada pelas autoridades até o momento.