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Não queremos ocupar lugar do médico brasileiro, diz vice-ministra de Cuba

Representante do governo cubano participou de cerimônia de recepção aos médicos estrangeiros. 4 mil profissionais da ilha devem trabalhar no Brasil

26 ago 2013 - 11h50
(atualizado às 12h07)

A vice-ministra da saúde de Cuba, Marcia Cobas, rebateu nesta segunda-feira críticas de setores da classe médica brasileira contrária ao programa Mais Médicos, que levará profissionais a municípios do interior e periferias das grandes cidades.  Na avaliação de Marcia, os profissionais do seu país são empregados e querem oferecer seu trabalho a quem precisa.

“Não queremos ocupar o lugar dos médicos brasileiros”, garantiu a vice-ministra cubana. “Queremos ir aos lugares onde mais necessita a população”. O discurso de Marcia Cobas ocorreu em cerimônia de boas vindas a mais de 200 médicos que estão concentrados em Brasília para três semanas de treinamento.

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Infográfico: Revalidação do diploma médico

Conheça a história de médicos brasileiros que se graduaram fora do País e por que é necessário revalidar o diploma para poder trabalhar no Brasil

 

“Não exportamos médicos, exportamos um serviço de saúde”, afirmou.  Ela assegurou que “Cuba não mercantiliza” seu sistema de saúde e mesmo sofrendo embargo comercial dos Estados Unidos por mais de 50 anos conseguiu formar médicos capacitados. “Temos profissionais de alta qualificação”.

Em Brasília, os profissionais do Mais Médicos ficarão hospedados em um alojamento militar e terão aulas preparatórias na Universidade de Brasília (UnB). Ficarão concentrados na capital do País os médicos que foram atuar em áreas indígenas. Eles terão aulas complementares sobre saúde indígena no período de acolhimento.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas foram oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- Com o não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitou a candidaturas de estrangeiros - incluindo convênio com Cuba para a vinda de 4 mil médicos. Eles não precisam passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro vai atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- O programa também prevê a criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo na residência em que os profissionais atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Terra
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