Quanto mais se aproxima a época dos vestibulares, mais aumenta a pressão e o estresse com estudos. É importante nesse momento conseguir relaxar e ter um tempo de descanso, com atividades mais tranquilas. Pode ser com livros, filmes, passeios em exposições e até mesmo histórias em quadrinhos.
Não, quadrinhos não são só histórias de heróis. Existem obras que debatem assuntos pertinentes ao mundo ou que mostram visões diferentes sobre importantes momentos. O Terra Educação preparou uma lista com seis livros em formato de quadrinhos que servem tanto para distrair quanto ajudar a entender melhor assuntos que caem frequentemente nas provas.
Pérsepolis
Escrita pela iraniana Marjane Satrapi, "Persépolis" conta a infância e adolescência da própria autora, que viveu durante a ditadura islâmica em 1979. A obra pode ser um apoio para entender a história dos conflitos no Oriente Médio, assunto que está em pauta na mídia atualmente e, bem possivelmente, pode aparecer nos vestibulares. "Persépolis" foi adaptado para o cinema e concorreu ao Oscar de melhor animação em 2008.
Mafalda
Figura carimbada em provas, o cartunista argentino Quino se aproveitou da visão inocente e questionadora de uma criança para debater questões sociais e filosóficas. As tirinhas de Mafalda foram publicadas no período do regime militar da Argentina e mostram críticas à ditadura, mas apontam problemas pertinentes à América Latina até hoje, como crise econômica e desigualdade social. O livro "Toda Mafalda" compila todas tirinhas publicadas por Quino entre 1964 e 1973.
Asterix
"Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos... Toda? não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor". É assim que começa todo livro escrito pelos franceses Albert Uderzo e René Goscinny sobre as aventuras de Asterix e Obelix. Os famosos personagens tratam com humor de um momento importante da história europeia: o império romano. Além dos 35 livros lançados, Asterix já deu origem a cinco filmes.
Hiroshima - A Cidade da Calmaria
O mangá (nome dado aos quadrinhos japoneses) escrito por Fuimyo Kouno trata da história de sobreviventes da bomba atômica que devastou a cidade japonesa em 1945. Indo na contra mão da ação pela qual as animações japonesas são conhecidas, "Hiroshima" investe numa história mais delicada sobre o fato. O livro se passa dez anos após a tragédia e trata do impacto que a bomba causou no cotidiano da personagem Minami Hirano, que sobreviveu à destruição da cidade.
Gen - Pés Descalços
Outra obra que trata da bomba atômica no Japão é "Gen - Pés Descalços", só que, ao contrário de 'Hiroshima", conta uma história mais pesada sobre o tema. Keiji Nakazawa, sobrevivente da tragédia, escreveu a história de um garoto que sofreu com a fome após a devastação da cidade. A obra faz uma crítica a postura do imperador japonês, que, mesmo com o duro golpe aplicado pelos americanos, abraçou o patriotismo e não desistiu da guerra, causando mais mortes, enquanto "Hiroshima" investe na figura pacifista do cidadão japonês.
Maus
Agora explorando outro aspecto da Segunda Guerra, "Maus", de Vladek Spiegelman, trata da própria vida do autor, judeu polonês que sobreviveu aos campos de concentração da Alemanha nazista. Além da história, o autor investe no impacto visual para caracterizar seus personagens. Os judeus são desenhados como ratos ("maus", em alemão", significa ratos) enquanto os nazistas como gatos e norte-americanos como cachorros. "Maus" é a única HQ que ganhou o Prêmio Pulitzer de literatura.