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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu os médicos estrangeiros nesta segunda-feira em Brasília
Foto: Elza Fiúza
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Os profissionais vão passar por um treinamento de três semanas na Universidade de Brasília (UnB) antes de iniciar o trabalho nas cidades
Foto: Elza Fiúza
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A vice-ministra da Saúde de Cuba, Marcia Covas, participou de solenidade em Brasília e negou que os profissionais da ilha tenham interesse em tirar vagas de médicos brasileiros
Foto: Elza Fiúza
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O ministro Alexandre Padilha defendeu o programa Mais Médicos e disse que o idioma não será empecilho para atender bem a população
Foto: Elza Fiúza
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, elevou o tom nesta segunda-feira contra as declarações do presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), João Batista Gomes Soares, que orientou os profissionais do seu Estado a não socorrer eventuais erros de médicos cubanos. Segundo o ministro, o governo federal não vai admitir tal postura, nem incitação à xenofobia.
“Repudio, lamento veementemente a declaração do presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais de recomendar os médicos a não atenderem. Não sei em que código de ética médica, em que juramento ele se baseou para fazer uma declaração como essa”, disse o ministro a jornalistas, garantindo confiar nos médicos mineiros.
“Isso nós não vamos admitir. Como também não admitimos qualquer incitação ao preconceito ou à xenofobia”, acrescentou o ministro. O programa Mais Médicos foi recebido com resistência pelas entidades médicas brasileiras.
Sobre as ameaças de diversos Conselhos Regionais de Medicina, que declararam que não emitirão o registro profissional provisório sem a aprovação dos estrangeiros no exame para revalidação de diploma, Padilha garantiu que o governo está amparado em lei. “A Medida Provisória (que institui o programa) é lei e lei deve ser cumprida. Temos segurança jurídica disso”, afirmou.
ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS' |
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa. |
- As vagas foram oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais. |
- Com o não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitou a candidaturas de estrangeiros - incluindo convênio com Cuba para a vinda de 4 mil médicos. Eles não precisam passar pela prova de revalidação do diploma |
- O médico estrangeiro vai atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios. |
- O programa também prevê a criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo na residência em que os profissionais atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
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23 de agosto - Em São Paulo, sete médicos formados no exterior desembarcaram no aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira. Até domingo, está prevista a chegada de 244 profissionais a diversas capitais do País. A partir de segunda-feira, eles começam a passar por um curso de atualização, de três semanas, para depois serem encaminhados às cidades onde vão trabalhar
Foto: Bruno Santos
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23 de agosto - De acordo com a médica argentina Natalia Allocco, 26 anos, o programa antecipou um "sonho" que tinha de viver no Brasil. Filha de mãe brasileira, ela diz conhecer o País, para o qual já veio em diversas ocasiões. Trabalhar em regiões carentes não a assusta
Foto: Bruno Santos
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23 de agosto - Cristian Cheles Uzuelli, 32 anos, é outro brasileiro formado na Argentina, onde viveu por 8 anos. "Sempre que trabalhamos em um lugar fora, há alguma hostilidade no início. Foi assim comigo na Europa. Vir trabalhar aqui foi uma questão de opção. Trabalhei na região de La Plata, onde considero que as questões de pobreza sejam ainda maiores do as que vou enfrentar aqui", disse
Foto: Bruno Santos
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23 de agosto - De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, São Paulo ficará com 102 médicos dos 1.340 profissionais que serão destinados para 516 municípios do País
Foto: Bruno Santos
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23 de agosto - Thiago da Silva, 32 anos, é brasileiro e retorna da Argentina após 12 anos. Médico pediatra, ele disse que o valor da bolsa foi o que menos pesou para trabalhar no Brasil. "Quero oferecer boa medicina aqui", disse ele, filho de pai mineiro e mãe paulista
Foto: Bruno Santos
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23 de agosto - Na capital federal, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu os profissionais da saúde
Foto: Valter Campanato
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23 de agosto - A médica espanhola Sonia Nunes chega a Brasília
Foto: Valter Campanato
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23 de agosto - Médicos formados no exterior são recebidos diretor do programa da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Felipe Proenço, vinculado ao Ministério da Saúde, em Porto Alegre
Foto: Daniel Favero
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23 de agosto - No Rio de Janeiro, médicos formados no exterior chegaram com críticas aos profissionais brasileiros
Foto: Marcus Vinícius Pinto
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23 de agosto - Médicos formados no exterior chegam em Belo Horizonte
Foto: Ney Rubens
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24 de agosto - Primeiros médicos enviados pelo governo de Cuba desembarcam no Recife. Trinta formados na ilha caribenha desembarcaram no Recife e outros 176 seguiram para Brasília
Foto: Luiz Fabiano
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24 de agosto - Médicos de Cuba chegam a Brasília
Foto: Futura Press
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25 de agosto - Em Fortaleza, formados na ilha caribenha são recebidos com manifestação no aeroporto
Foto: Futura Press
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25 de agosto - Salvador foi uma das cidade que recebeu os médicos de Cuba no domingo. No final de semana, foram 400 formados na ilha. Até o final do ano, o total deve chegar a 4 mil
Foto: Futura Press
Fonte: Terra