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Padilha exalta 'vontade de salvar vidas' de médicos formados no exterior

'O que tem de mais importante em cada um de vocês é a experiência, o conhecimento e a vontade de salvar', disse o ministro aos profissionais

26 ago 2013 - 11h47
(atualizado às 15h03)
A vice-ministra da Saúde de Cuba, Marcia Covas, participou de solenidade em Brasília e negou que os profissionais da ilha tenham interesse em tirar vagas de médicos brasileiros
A vice-ministra da Saúde de Cuba, Marcia Covas, participou de solenidade em Brasília e negou que os profissionais da ilha tenham interesse em tirar vagas de médicos brasileiros
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

Em cerimônia de recepção aos médicos formados no exterior selecionados para o programa Mais Médicos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, exaltou a “vontade de salvar vidas” desses profissionais. Em tom bem humorado, o ministro contou sua experiência como infectologista no interior da Amazônia. O curso de formação começa nesta segunda-feira e os médicos chegaram em diferentes cidades ao longo do fim de semana. No dia 2 de setembro começam a atender os 1.096 médicos brasileiros que já atuam no País e foram confirmados no programa.

“O que tem de mais importante em cada um de vocês é a experiência, o conhecimento e a vontade de salvar”, disse o ministro a uma plateia de mais de 200 profissionais que terão três semanas de treinamento antes de irem a campo. Brasília concentra os médicos que atuarão nos distritos sanitários indígenas.

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“O Brasil tem um grande desafio de levar saúde pública, universal e gratuita . Não consolidamos esse desafio ainda. O Brasil é o único país com mais de 100 mil habitantes que mantém esse desafio”, contou o ministro aos estrangeiros e brasileiros formados no exterior.

Infográfico: Revalidação do diploma médico

Conheça a história de médicos brasileiros que se graduaram fora do País e por que é necessário revalidar o diploma para poder trabalhar no Brasil

 

Padilha incentivou ao estrangeiros a tentarem falar português, mas ponderou que o domínio total do idioma não é determinante no serviço médico. “Trabalhei por muito tempo com vários povos indígenas e não falo nenhuma língua indígena”, afirmou, explicando que contava com o auxílio de outros profissionais de saúde. “Se eu não estivesse lá, muitas das vidas não estariam salvas.

Em Brasília, os profissionais do Mais Médicos ficarão hospedados em um alojamento militar e terão aulas preparatórias na Universidade de Brasília (UnB). Ficarão concentrados na capital do País os médicos que foram atuar em áreas indígenas. Eles terão aulas complementares sobre saúde indígena no período de acolhimento.

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas foram oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- Com o não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitou a candidaturas de estrangeiros - incluindo convênio com Cuba para a vinda de 4 mil médicos. Eles não precisam passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro vai atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- O programa também prevê a criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo na residência em que os profissionais atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

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Fonte: Terra
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