O francês Leon Marchand fez história na Olimpíada de Paris-2024, ao bater o recorde olímpico nos 400m medley e garantr a medalha de ouro olímpica. Na trajetória desse fenômeno, considerado o 'Phelps francês', há 'dedo' e cérebro de um brasileiro: Peterson Silveira, de 37 anos, pesquisador especialista em biomecânica.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, Peterson é pesquisador em Rennes, no norte da França, e foi recrutado pela natação francesa para auxiliar na evolução de atletas – como, no caso, de Marchand. Tudo começou com um edital do projeto Neptune (sigla para 'Natação e Paranatação, Todos Unidos por Nossas Estrelas', em tradução livre), durante a pandemia da Covid-19.
Peterson aplicou para a vaga e foi selecionado. Do trabalho que tinha na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), migrou para um laboratório francês da Universidade de Rennes 2.
Desde 2022, ele atua junto ao técnico francês Bob Bowman, e passou a ter contato com Marchand.
Sua atuação é técnica. Em plataformas de pesquisa, seu nome aparece como autor de artigos como: 'A relação entre perfis de carga-velocidade e parâmetros espaço-temporais em nadadores de elite de 100 m e 200 m livre', 'Uma análise biofísica sobre a eficiência da braçada no nado crawl: comparação de métodos e determinação dos principais preditores de desempenho' e 'Respostas biomecânicas, coordenativas e fisiológicas a um protocolo de tempo até a exaustão em duas intensidades submáximas na natação'.
"O acesso às informações é muito mais fácil hoje em dia. Antes, não existiam nem caixas estanques de celular. Só de o atleta se enxergar nadando já faz uma diferença gigantesca em relação a 15 anos atrás", explica o biomecânico, à Folha, sobre a evolução de seus campos de estudo.