Sete escolas estaduais de São Paulo foram fechadas por casos de infecção de coronavírus antes mesmo de retomarem as aulas presenciais. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 8, pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, que não detalhou o número de casos confirmados de covid-19.
A rede estadual de ensino foi reaberta nesta segunda em SP para aulas presenciais. Na semana anterior, as escolas começaram a receber alunos para distribuição de merenda e planejamento dos professores.
Um dos colégios fechados é a Escola Estadual Ermelino Matarazzo, na capital paulista, que teve duas infecções confirmadas e outras sete pessoas com sintomas. Esses funcionários estão sendo testados para que a escola seja liberada para reabrir.
"Que a gente possa afirmar, surto até agora não houve", disse o secretário Rossieli Soares, que não descarta a necessidade de eventualmente fechar turmas ou outras unidades durante o processo de reabertura.
Rossieli acompanhou a reabertura da Escola Estadual Raul Antônio Fragoso, em Pirituba, zona norte de São Paulo na manhã desta segunda-feira, 8.
A volta às aulas na rede estadual ocorre em meio à segunda onda da pandemia de coronavírus e sofre pressão contrária de professores.
Escolas da rede estadual só receberão 35% dos estudantes nas primeiras semanas mesmo em cidades na fase amarela do plano estadual de flexibilização da quarentena, como a capital. Já as particulares nessas regiões podem receber até 70% dos alunos, se os prefeitos permitirem.
A Apeoesp, sindicatos dos professores da rede estadual, também apontou casos de contaminação pela covid nas escolas. Os docentes entraram em greve contra a volta às aulas em meio à pandemia e o governo pretende endurecer as medidas contra o sindicato para garantir a reabertura.
Segundo Rossieli, os salários desses professores que não retornarem à escola serão descontados a partir de hoje. O governo ainda estuda acionar a Justiça contra a greve dos docentes.