Após anunciar a redução de 75% no repasse do Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP), a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), instituição ligada ao Ministério da Educação (MEC), pressionada, soltou um novo comunicado no qual assegura o repasse de 1,65 bilhões de reais para os seus programas de pós-graduação (Proex, Prosup, Reuni e Proap). A quantia equivale a 90% do valor previsto para 2015.
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A mudança de discurso ocorreu após forte reação do meio acadêmico ao comunicado de que 75% das verbas de custeio de pós-graduação seriam reduzidas. Houve, inclusive, a publicação de cartas de repúdio por parte de várias instituições do País.
Para se ter uma ideia, os recursos do PROAP servem para pagar passagens de professores externos para examinar bancas de mestrado e doutorado, passagens para alunos e docentes participarem de congressos, tradução de artigos, manutenção de equipamentos e várias outras atividades. Se houvesse, de fato, o corte, isso impossibilitaria as viagens dos pesquisadores, a divulgação científica em larga escala e as demandas assumidas pelos programas de pós-graduação no sentido de dar melhores condições de pesquisa aos pós-graduandos.
Com o novo comunicado, o Ministério da Educação e a Capes fizeram questão de ressaltar "o compromisso com a pós-graduação e a pesquisa científica" e deixar claro para os alunos que estavam preocupados que "nenhuma bolsa de estudo será interrompida".