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Professor abandona debate sobre conflito entre Hamas e Israel após discussão com alunos na PUC-RJ

Um dos docentes disse que a ação do Hamas seria "uma resposta", mas alunos disseram que deveria ser chamada de "ataque"

10 out 2023 - 22h44
(atualizado em 11/10/2023 às 09h37)
Professor abandona debate sobre Hamas e Israel após discussão com alunos na PUC-RJ
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O historiador Michel Gherman, professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não conseguiu participar até o fim de um debate sobre o conflito entre o Hamas e Israel, nesta terça-feira, 10, na Pontíficia Universidade Católica (PUC) do Rio. A mesa foi interrompida depois que alunos judeus se queixaram de que o professor estaria sendo "antissemita".

Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o momento em que uma aluna pega o microfone para fazer uma pergunta à mesa, mas inicia uma queixa contra o que vinha sendo abordado pelos professores.

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O professor da UFRJ deixou o debate depois de uma discussão com os alunos
O professor da UFRJ deixou o debate depois de uma discussão com os alunos
Foto: Reprodução/Twitter

Ela, que se apresenta como judia, chega a citar o caso da carioca encontrada morta após o ataque do Hamas à rave, que acontecia próximo à Faixa de Gaza, como um dos motivos pelo qual a mesa não deveria ocorrer. A mediadora Monica Herz, professora da PUC e também judia, porém, tenta esclarecer que o debate ali é acadêmico e que vai além da identificação pessoal de cada um com o grupo religioso.

Antes disso, a estudante disse que "95% dos judeus" ali presentes eram contrários à presença do professor Gherman. Ao insistirem para que a aluna fizesse uma pergunta, ela questiona o motivo de chamarem a ação do Hamas de "uma reposta" e não "um ataque".

A discussão é cortada e, em outro momento, é possível ver que Gherman desiste de continuar a discussão. Visivelmente irritado, o professor deixa a sala e avisa aos alunos que eles teriam vencido.

Em nota, o Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC disse repudiar "as tentativas de impedir qualquer debate acadêmico e lamenta as agressões manifestadas hoje".

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"O IRI assume total responsabilidade pelo evento, por acreditar na importância do diálogo, quanto mais sobre tema tão relevante", continua a nota. O instituto diz ainda que considera a universidade "um lugar de escuta e expressão de diferenças".

Fonte: Redação Terra
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