Professores e funcionários das escolas da rede pública estadual de ensino do Paraná entraram em greve nesta quarta-feira. Cerca de 70% das escolas estão sem aulas, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), o que afeta a rotina 910 mil alunos. A paralisação foi decidida em assembleia no dia 29 de março e segue por tempo indeterminado.
Os grevistas se reuniram nesta manhã em frente à sede do governo do Paraná, no Palácio Iguaçu, em Curitiba. Cerca de 3 mil profissionais se reuniram em um acampamento no local para exigir uma audiência com o governador Beto Richa (PSDB). Ao todo, 73.595 professores e pedagogos trabalham na rede estadual do Estado, sendo responsáveis pela educação de 1,3 milhão de alunos.
A categoria cobra a implantação do Piso Nacional e reajuste salarial de 10%, além do pagamento de promoções atrasadas, melhor estrutura nas escolas e mais funcionários. A Secretaria de Estado da Educação defende que a pauta existe há algum tempo e "vem sendo honrada pelo governo do Estado". O reajuste previsto na data-base é de 6,06%, conforme a secretaria, segundo a qual, em três anos, "os reajustes da equiparação salarial e das datas-base totalizam 50,16% de aumento salarial acumulado para os professores".
Em meados de março, professores da rede municipal de Curitiba entraram em greve com reivindicações parecidas. As principais exigências dos professores incluem discussão sobre a forma de enquadramento no plano de carreira, a contratação de mais profissionais e a composição da jornada em hora-aula.