A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) informa que médicos de pelo menos 12 Estados vão fazer manifestações em protesto contra o programa Mais Médicos. Haverá também paralisação no atendimento. As atitudes também são uma reação aos vetos da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que regulamenta a medicina, conhecido como Ato Médico.
O programa Mais Médicos prevê a contratação de profissionais estrangeiros para trabalhar nas periferias e no interior do País, além de obrigar estudantes de medicina a atuar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de 2015.
Os médicos da Bahia adiantam que vai haver paralisação do atendimento nas redes pública e privada. Profissionais do Distrito Federal anunciam que vão usar preto, como forma de demonstrar luto, e farão uma operação padrão no atendimento nas redes pública e privada.
Os sindicatos de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, do Paraná e do Rio Grande do Norte anunciaram que vão aderir à paralisação. No Piauí, os médicos decidiram manter o atendimento, mas para demonstrar a insatisfação com as medidas do governo, vão usar um adesivo com os dizeres "Orgulho de ser médico!".
Além de diversas manifestações por todo o País, em reação às recentes medidas do governo, os médicos abandonaram as comissões técnicas federais, que discutem soluções para problemas relacionados à saúde. O Conselho Federal de Medicina ainda entrou com uma ação civil pública na sexta-feira contra a União, representada pelos ministérios da Saúde e da Educação, para suspender o programa Mais Médicos.