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Proposta de teste de virgindade em faculdades gera polêmica na Indonésia

Aumento da prostituição e sexo antes do casamento são as razões para promover a iniciativa entre as estudantes; governo se divide sobre o plano

21 ago 2013 - 08h34
(atualizado às 08h43)

Um plano da Agência de Educação da cidade de Prabumulih, no sul da ilha de Sumatra, que propõe aplicar um teste de virgindade nas alunas como parte dos exames de admissão ao instituto gerou polêmica na Indonésia.

O diretor da agência, Muhammad Rasyid, afirmou que as razões para promover a iniciativa são o aumento da prostituição entre as estudantes e o aumento do sexo antes do casamento.

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"Propusemos um teste de virgindade para as estudantes de bacharelado (...) dentro do orçamento regional de 2014", reconheceu Rasyid, afirmando "que toda mulher tem direito à virgindade" e que espera que as alunas não façam "atos negativos".

Um parlamentar indonésio que integra a comissão de Educação, Dedi Gumilar, questionou a constitucionalidade do plano.

"Por acaso temos uma lei que estabeleça que os estudantes devem ser santos? Segundo nossa constituição todos os cidadãos têm direito à educação", disse a legisladora em declaração ao jornal The Jakarta Globe.

Por sua vez, o vice-presidente da Comissão Nacional contra a Violência Machista, Masruchah, condenou a iniciativa e ressaltou que "a moralidade de uma estudante não deve ser determinada por seus genitais" e acrescentou que o corpo dessas jovens não pertence aos políticos.

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Apesar de todas as críticas que o projeto gerou, o Ministério da Educação declarou que só pode aconselhar contra o plano, mas que a última palavra dependerá da agência de Educação de Prabumulih, já que tem autoridade para implantar esta classe de políticas.

A Indonésia, com 240 milhões de habitantes, é o país com mais muçulmanos do mundo e a maioria deles professa um islamismo moderado.

  
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