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Protesto contra PEC do teto volta a ter confronto com PM

8 dez 2016 - 07h42
Página no Facebook mostra estudantes que teriam ficado feridos dentro da UFMG
Página no Facebook mostra estudantes que teriam ficado feridos dentro da UFMG
Foto: Facebook/Reprodução

Um protesto de estudantes secundaristas e universitários contra a PEC do teto nessa quarta-feira (7) terminou com um confronto entre manifestantes e a Polícia Militar em Belo Horizonte. Essa é terceira manifestação organizada pelos estudantes que é reprimida com violência pela PM na capital mineira. Pela segunda vez a repressão por parte da PM aconteceu dentro da Universidade Federal de Minas Gerais, no campus da Pampulha.

No dia 18 de novembro estudantes secundaristas protestaram contra a PEC-55 que limita os gastos do governo e congela investimentos em saúde e educação por 20 anos. A ação da PM teria sido exagerada e manifestantes ficaram feridos, atingidos por tiros de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

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Na ocasião a reitoria da UFMG emitiu uma nota cobrando providências do governador Fernando Pimentel (PT) que, em sua página pessoal numa rede social, disse que  tomaria as medidas cabíveis. No entanto, menos de um mês depois e sem a divulgação do resultado da investigação do governo policiais voltaram a agir com truculência, segundo os estudantes.

O protesto iniciou já no fim da tarde e parou o trânsito na avenida Antônio Carlos, uma das vias usadas para quem precisa chegar ao Estádio Mineirão, ou a Lagoa da Pampulha. Novamente os estudantes foram dispersados e fugiram para o campus da UFMG. A principal alegação dos manifestantes e abordada na nota de repúdio assinada pelo reitor da universidade, professor Jaime Ramirez.

Página no Facebook mostra o que seriam os restos de material usado pelos policiais
Foto: Facebook/Reprodução

Pelas redes sociais, o Diretório Central dos Estudantes da UFMG denunciaram a violência dos militares. Em uma das fotos o grupo o DCE reuniu artefatos do armamento usado pelos policiais do Batalhão de Choque.  O helicóptero da corporação também foi usado. Apenas às 22h os militares deixaram o local.  

Outros protestos

Desde quando foi anunciado pelo presidente Michel Temer, o Projeto de Emenda a Constituição que limita os gastos públicos por 20 anos vem sofrendo forte resistência de movimentos sociais em todo o País. Em Belo Horizonte, em pelo menos duas ocasiões houve confronto com a PM. No primeiro deles, em 18 de novembro, policiais militares atiraram contra os manifestantes dentro da universidade.

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Na semana seguinte, em 24 de novembro, duas pessoas foram detidas quando a passeata seguia pelas ruas do centro de BH. A confusão teria iniciado quando, segundo os estudantes, policiais começaram a agredir alguns estudantes do grupo. A PM informou que a ação ocorreu quando tentaram tirar a identificação dos PM’s.

Fonte: Especial para Terra
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