A mensalidade do curso de Medicina no Brasil tem uma média de R$7.300, mas varia de acordo com a região e são possíveis formas de ingressar na graduação por meio de bolsas de estudo ou programas de financiamento.
É caro cursar Medicina? No Brasil, a mensalidade de Medicina custa, em média, R$ 7.300, tendo a duração do curso de seis anos, em média.
O Terra preparou um especial com valores de mensalidades do curso em instituições privadas de diversas regiões do Brasil.
Além disso, confira dicas dos possívels caminhos para ingressar na graduação com o auxílio de bolsas de estudos, programas de financiamento ou, então, com uma vaga em uma universidade pública.
Quanto custa a faculdade de Medicina?
No Brasil, a mensalidade de Medicina custa, em média, R$ 7.300. O dado foi obtido pelo Terra, por meio de um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que mapeia os valores da graduação em todas as regiões do país. A última atualização da pesquisa é de 2019.
A região com média mais cara é a Nordeste, com R$ 7.500. Já no Sul, os valores são mais baixos - com mensalidades por volta de R$ 6.700.
No geral, os estados com cursos mais caros são Mato Grosso e Acre, superando os R$ 10 mil. Os mais baratos foram registrados em Tocantins e Santa Catarina, com mensalidades de R$ 6 mil.
Veja a média da mensalidade de Medicina em cada estado do Brasil:
Região Norte - R$ 7.403
- Rondônia - R$ 6.912
- Acre - R$ 10.371
- Amazonas - R$ 6.786
- Roraima - Sem dados
- Pará - R$ 8.831
- Amapá - Sem dados
- Tocantins - R$ 6.032
Região Nordeste - R$ 7.508
- Maranhão - R$ 8.302
- Piauí - R$ 7.485
- Ceará - R$ 7.432
- Rio Grande do Norte - R$ 8.061
- Paraíba - R$ 7.689
- Pernambuco - R$ 6.593
- Alagoas - R$ 7.391
- Sergipe - R$ 6.190
- Bahia - R$ 7.759
Região Sudeste - R$ 7.498
- Minas Gerais - R$ 7.607
- Espírito Santo - R$ 6.745
- Rio de Janeiro - R$ 7.894
- São Paulo - R$ 7.389
Região Sul - R$ 6.676
- Paraná - R$ 7.430
- Santa Catarina - R$ 6.076
- Rio Grande do Sul - R$ 6.579
Região Centro-Oeste - R$ 7.027
- Mato Grosso do Sul - R$ 9.128
- Mato Grosso - R$ 10.120
- Goiás - R$ 6.410
- Distrito Federal - R$ 6.529
* Fonte: CFM, 2019. No total, 215 cursos de Medicina participaram da pesquisa.
Existe faculdade de Medicina online?
Até o momento, não há nenhum curso de graduação em Medicina de Educação a Distância (EAD) reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, toda criação de curso na área deve ser submetida à manifestação do Conselho Nacional de Saúde.
Como ter bolsa ou diminuir os gastos com a faculdade de Medicina
Os altos valores cobrados nas mensalidades de Medicina em instituições privadas são uma das principais barreiras para quem quer ingressar no curso. Porém, há como cursar Medicina sem pagar mensalidade ou, então, reduzir os gastos.
SiSU
Há como cursar Medicina gratuitamente por meio do SiSU (Sistema de Seleção Unificada), conquistando uma vaga em uma universidade pública. Todos os estudantes que participaram da edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) antes do processo seletivo e que não zeraram a prova de redação podem se inscrever. Treineiros não podem concorrer às vagas.
A inscrição do Sisu é gratuita e feita por meio de um portal on-line. Candidatos que não forem selecionados na 1º chamada ainda podem concorrer a uma vaga remanescente por meio da lista de espera do SiSU. Além do critério da nota do Enem, as vagas são distribuídas levando em consideração políticas e ações afirmativas.
Fies
O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) pode ser uma opção para ajudar a financiar o curso de Medicina, mas é necessário atender a alguns requisitos para se candidatar no programa:
- - Ter participado de qualquer edição do Enem a partir de 2010 e ter obtido uma média das notas das provas igual ou superior a 450 pontos. A redação não pode ter sido zerada;
- - Ter uma renda familiar mensal bruta de até três salários mínimos (equivalente a R$ 3.960) por pessoa;
- - Não ter diploma de curso superior;
- - Estar matriculado em um curso de Medicina de uma instituição privada de ensino superior reconhecida pelo MEC;
Para estudantes com renda familiar per capita de até cinco salários mínimos (R$ 6.600), existe a modalidade P-Fies (Programa de Financiamento Estudantil). Nesse caso, as taxas de juros e condições de financiamento são definidas entre o banco, a instituição de ensino superior privada e o candidato. Além disso, a realização do Enem deixa de ser uma obrigatoriedade e o financiamento P-Fies pode ser solicitado a qualquer momento.
ProUni
O ProUni (Programa Universidade para Todos) também abre portas para que estudantes consigam bolsas de estudos integrais ou parciais, de 50% de desconto no valor da mensalidade do curso, em instituições privadas de ensino superior.
Para se candidatar no programa, é preciso atender aos requisitos:
- - Ter participado do Enem mais recente antes da inscrição no programa e ter obtido uma média igual ou superior a 450 pontos nas notas das cinco provas do exame. A nota da redação tem que ser maior que zero;
- - Não ter participado do Enem na condição de treineiro;
- - Não ter diploma de curso superior;
- - Ter cursado o Ensino Médio completo em escola pública ou, então, ter sido bolsista integral em uma escola particular;
A disponibilidade das bolsas, porém, varia de acordo com cada instituição. Para concorrer a bolsas integrais ou parciais, há critérios de renda:
- - Para obter a bolsa integral o candidato pré-selecionado deve comprovar uma renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.980);
- - Já para obter uma bolsa parcial, que cobre 50% do valor da mensalidade, a renda per capita exigida é de até 3 salários mínimos (R$ 3.960).
Outras bolsas de estudo
Além dos programas do governo, que buscam democratizar o acesso ao ensino superior de qualidade, também é possível buscar por bolsas de estudo em universidades e faculdades particulares.
Nestes caso, é preciso verificar quais são as opções disponíveis nas universidades de seu interesse e checar quais são os critérios para se candidatar a uma bolsa.
Pode ser preciso fazer um vestibular específico e, em alguns casos, a nota do Enem pode ser levada em consideração.