As questões de um trabalho de física formuladas por uma professora do Colégio Estadual Hugo Simas de Londrina, no Paraná, geraram polêmica entre os alunos, pais e professores. A professora utilizou exemplos pouco comuns para aplicar o trabalho aos alunos do 1° ano do Ensino Médio, citando violência e até suicídio. Em um dos exercícios lê-se, “Um bebê recém-nascido é lançado verticalmente para cima pelo seu desnaturado papai. O bebê atinge a altura de 80 metros. Determine a velocidade do lançamento.” Em outras duas questões os textos se referem a suicídio ao pedir que seja calculado a altura da queda de um professor que pula do telhado do prédio e a velocidade que um político atinge o solo após queda livre de uma construção de 245 metros de altura.
O vice-diretor do colégio, Ricardo Coppi, esclareceu nessa quarta-feira que o colégio realizou uma intervenção pedagógica com a professora de física. "Ela nos explicou que pegou as 20 questões prontas de uma apostila para compor o exercício que valia nota e que não tinha lido todos os exercícios. Ela ficou sabendo depois, pela escola e na imprensa que o texto de algumas questões estava inadequado", disse.
Coppi disse que internamente o problema já está resolvido uma vez que a professora recebeu orientação para não cometer esse erro novamente. "Ela se retratou com os alunos e com a escola e foi orientada na intervenção a repassar antecipadamente toda a atividade à equipe pedagógica para que possa haver um filtro e isso não aconteça novamente”, ressaltou.
Ele ainda afirma que todo o ocorrido foi registrado em ata e que houve uma preocupação em esclarecer a falha para os alunos e também para alguns pais que procuraram o colégio. "Ela admitiu o erro e tomamos todas as providências para orientá-la para que isso não venha acontecer de novo. Os exercícios serão desconsiderados, apesar de tratarem corretamente o conteúdo de física, abordam o tema com texto inadequado", conclui.
Ainda segundo o vice-diretor, os pais que compareceram ao colégio foram compreensíveis e receberam todos os esclarecimentos sobre o ocorrido. "Foi dada uma satisfação porque isso aconteceu e os pais foram pacientes em esperar que o colégio apurasse internamente e posteriormente entenderam a situação."
Coppi acredita que o assunto já está resolvido e que apesar de o Núcleo Regional de Educação (NRE), estar ciente do caso a intervenção pedagógica feita internamente deve concluir o caso.