O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que deve enviar, em junho, uma proposta de reajuste salarial para os professores estaduais para votação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Os professores estaduais, assim como os municipais do Rio, estão em greve desde o dia 12 e na quinta-feira fizeram uma manifestação que deu um nó no trânsito da zona sul da capital à tarde e à noite.
Após participar da inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Kennedy, na zona oeste da capital, Pezão disse que as negociações com os professores estão abertas e que não sabe o percentual do reajuste que vai propor. Ele lembrou que os sindicatos dos professores não foram à reunião de negociação marcada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que está intermediando as conversas entre a categoria e os governos municipal e estadual. “A gente vai mandar reajuste dos professores no mês de junho para toda categoria. Estou estudando, assim como estou estudando de outras categorias. Nunca deixamos de dar aumento para a educação”, disse Pezão.
Segundo o governador, poucos professores estaduais aderiram à greve. De acordo com ele, o número dos que cruzaram os braços não chega a 350 professores. “Pararam o trânsito ontem, mas não são professores. Tem professores ali, mas tem outros que a gente já conhece e já sabe. Já temos bem identificadas as pessoas que fazem a balbúrdia de fechar a rua. Isso não é professor. Professor está dentro da sala de aula, mais de 99% estão na sala”, disse Pezão, que afirmou que nos últimos dois anos os professores que têm participado de manifestações são os mesmos, ligados a sindicatos.
O governador disse que está conversando também com policiais civis que fizeram paralisação por 48 horas na quarta e quinta-feira e lembrou que eles já tiveram reajuste salarial recentemente. “É natural eles quererem mais, todo mundo quer mais. Estou conversando com cada categoria. Não deixei de receber ninguém”, disse Pezão. Segundo ele, o governo está preparado para dar segurança à população em manifestações que ocorram durante a Copa. Pezão negou que possíveis protestos sejam motivo de preocupação. “A gente tem tido, desde junho do ano passado, grandes manifestações. Vamos torcer para que elas sejam pacíficas. E que se elas saírem do controle, a gente consiga controla-las”, afirmou.
