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Rio: prefeitura não tem plano para a educação, diz sindicato dos professores

Professores municipais e estaduais do RJ decidiram manter a greve em vigor há dois meses entoando "Prefeito, a culpa é sua! A greve continua!"

9 out 2013 - 13h14
(atualizado às 13h46)
<p>Os professores do Rio de Janeiro estão parados desde o dia 8 de agosto e exigem 20% de aumento salarial</p>
Os professores do Rio de Janeiro estão parados desde o dia 8 de agosto e exigem 20% de aumento salarial
Foto: André Naddeo / Terra

Os profissionais da educação das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro decidiram manter a greve que já dura dois meses durante assembleia realizada nesta quarta-feira no Club Municipal da Tijuca. Parados desde o dia 8 de agosto, os professores exigem 20% de aumento salarial - entre outras reivindicações, como o fim do plano de cargos e salários - e criticam a prefeitura pelo que consideram uma falta de comprometimento nas negociações. Para o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), o prefeito Eduardo Paes não possui planejamento para a educação do Rio de Janeiro - e seria o responsável pela continuidade da paralisação.

"Toda a radicalidade parte do prefeito. Temos disposição para negociar, mas foi ele quem quebrou o comprometimento com o sindicato. Se não tem medo de negociação, isso quer dizer que a prefeitura não possui um planejamento para a educação do Rio de Janeiro", afirmou a diretora do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe), Ivonete Conceição da Silva.

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Ao final da assembleia, os professores grevistas pretendem caminhar até a sede da prefeitura. Após a votação que decidiu pela manutenção da greve, os profissionais entoaram em coro palavras como "Prefeito, a culpa é sua! A greve continua!". Eles aprovaram a realização da próxima assembleia para definir os rumos da greve no dia 15 de outubro, Dia do Professor - para quando está previsto um grande ato unificado no centro do Rio de Janeiro.

Ontem, o prefeito Eduardo Paes afirmou que busca novos canais de negociação para o fim da greve e que desistiu de dialogar com o Sepe - após se reunir com os conselhos de professores, pais, diretores e funcionários das escolas municipais do Rio. Paes confirmou o corte do ponto dos professores que permanecem em greve e atribuiu ao sindicato a responsabilidade pelo fim da paralisação. A diretora do Sepe comentou as implicações da greve para os alunos.

"Não temos interesse em prejudicar o ano letivo: quem está prejudicando isso é o próprio prefeito. Não entramos ainda nessa discussão (de reposição de aulas), mas assim que tivermos nossas reivindicações atendidas vamos tratar de resolver esse tema", disse a coordenadora geral do sindicato.

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Fonte: Terra
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