Apenas 0,4% dos professores da rede estadual do Rio de Janeiro aderiram à paralisação de 24 horas convocada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) nesta quarta-feira, segundo o governo do Estado. De acordo com as secretarias de Educação do Estado e do município do Rio, a situação nas escolas é normal.
A paralisação foi convocada para reivindicar melhorias trabalhistas. Neste momento, eles realizam uma assembleia para decidir se vão entrar em greve.
Segundo o Sepe-RJ, os professores reivindicam aumento salarial de 20%; pedem que as redes cumpram a legislação federal que determina que um terço da carga horária dos professores seja cumprido fora de sala de aula; e reivindicam que a política salarial e a concessão de gratificações não seja determinada pelo critério da meritocracia.
De acordo com o sindicato, professores municipais de Duque de Caxias iniciaram ontem uma "greve de advertência" de 72 horas. Em outras cidades do Estado, professores municipais também estão discutindo se entram em greve.
A Secretaria Municipal de Educação do Rio disse que "está atenta às solicitações dos professores e segue atuando em conjunto para melhor atender às reivindicações". Um audiência com o sindicato foi agendada para a segunda semana de maio.
O Sepe, no entanto, afirma que as discussões não estão avançando. O sindicato disse que não vai sentar para discutir a questão estadual se o outro sindicato de professores do Rio, a União dos Professores Públicos no Estado (UPPES), participar das reuniões.
O governo do Estado, que negocia com os dois sindicatos, propôs aumento salarial de 8%. A proposta ainda tem que passar pela Assembleia Legislativa. A secretaria estadual de Educação afirma que paga atualmente R$ 16,90 pela hora-aula, valor maior que a hora-aula em São Paulo (R$ 15,80), no Espírito Santo (R$ 9,80) e Minas Gerais (R$ 11,80).