Os professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) retornaram nesta segunda-feira (5) às atividades depois de quatro meses em greve. Os servidores técnico-administrativos continuam parados, devido aos cortes nos orçamentos das universidades federais.
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Os professores da instituição concordaram, em assembleia na última quarta-feira (30), com a proposta do Comando Local de Greve (CLG) de garantir aos estudantes o direito à reposição integral das aulas interrompidas, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Mas, mesmo com a normalização das atividades, a categoria mantém o pedido das melhorias das condições de trabalho e reajuste de salário.
O estudante Yuri Hortz, de 27 anos, do curso de publicidade e propaganda, que está no penúltimo período da graduação, terá de adiar o sonho da conclusão para o ano que vem. O aluno se sente prejudicado pela greve, mas defende os docentes e lamenta pelo governo não ter atendido às devidas reivindicações da categoria. "Estou feliz com o retorno, porém é preciso que defendamos com mais afinco os professores e as universidades, pois um país que trata sua educação de qualquer forma não pode prosperar", disse.
Já o estudante de ciências atuariais, Daniel Souza, foi um dos poucos que não foram prejudicados, pois, em seu curso, não houve paralisação. Mesmo tendo aulas, o estudante disse que iniciará o segundo semestre só em 25 de novembro, o que atrasará o término da graduação. Ele teme novas paralisações. "É obvio que, tendo em vista que o movimento grevista não alcançou os objetivos, uma nova greve virá".
Uma assembleia da categoria está marcada para esta terça-feira (6), às 15h, no Campus Gragoatá para discutir o processo de reposição do calendário acadêmico e avaliar as reivindicações.