A coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), Gesa Corrêa, disse que os representantes da categoria não vão participar da audiência agendada para terça-feira com o o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, em Brasília. O encontro foi acertado para o ministro analisar o cumprimento do acordo feito no ano passado entre os governos estadual e municipal com os profissionais de educação e saber por que a categoria marcou o início de nova greve para a próxima segunda-feira.
A sindicalista informou que o Sepe não recebeu qualquer comunicação oficial para o encontro. Disse ainda que a participação dos representantes só poderá ser decidida pela assembleia da categoria, marcada para quinta-feira. "A assembleia tem que designar se nós vamos ou não. Direção não tem poder de tirar o que uma assembleia, que é superior a ela, decide", explicou a coordenadora, em entrevista à Agência Brasil.
Gesa Corrêa acrescentou que assim que o ofício do ministro do STF chegar ao Sepe, a categoria vai analisá-lo e apresentá-lo ao comando de greve. As assembleias locais que vão acontecer a partir de segunda-feira receberão cópias do documento. Depois disso, o ofício ainda precisa ser avaliado pelo conselho deliberativo do sindicato para encaminhar o documento à decisão da assembleia geral.
Hoje, integrantes do Sepe e representantes dos professores do município se reuniram com a secretária municipal de Educação, Helena Bomeny, para discutir a pauta de reivindicações da categoria para este ano. Segundo a coordenadora-geral do sindicato, não houve avanço nas negociações porque o prefeito Eduardo Paes não estava presente. "Campanha salarial quando o prefeito não vem, não resolve nada, porque para mexer com aumento de despesa, só com o prefeito", completou.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que vem seguindo os compromissos assinados em ata após o acordo firmado com o Sepe, durante audiência com o ministro Luiz Fux, no dia 22 de outubro do ano passado. Também afirmou que a secretária estará presente no encontro previsto para terça-feira no STF, quando vai apresentar documentos que mostram o que vem sendo feito para atender às solicitações da categoria.
A secretaria destacou que, após firmado o acordo, encaminhou à Câmara dos Vereadores o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), que foi aprovado. O plano representa um reajuste de 15,3% para os professores.