O rendimento médio mensal dos profissionais do magistério das redes públicas, com Ensino Superior, chegou a R$ 4.942 em 2023, segundo dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024, divulgado nesta quarta-feira, 13. Esse valor é 86% do rendimento de outros profissionais que têm o mesmo nível de escolaridade, que é de R$ 5.747,17.
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Considerando os últimos 10 anos, esse valor pago aumentou. Em 2013, o rendimento bruto médio mensal dos professores correspondia a 71% do rendimento de outros profissionais com o mesmo nível de escolaridade. Em 2022, era de 82%.
O anuário, apresentado pela ONG Todos pela Educação, juntamente com a Fundação Santillana e a Editora Moderna, reúne dados públicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Educação, além de análises e recortes elaborados com base nos microdados.
Apesar do rendimento ter melhorado, o número de professores concursados nas redes estaduais de ensino caiu ao menor patamar em dez anos. Enquanto isso, o total de temporários cresceu, de forma significativa, entre 2013 e 2023.
Na rede estadual, em 2013, 68,4% dos professores eram concursados. No ano passado, eram 46,5%. Já os temporários, 10 anos atrás, eram 31,1%. Em 2023, esse percentual saltou para 51,6%, mais da metade de seu corpo docente.
Docentes sem curso superior
O levantamento também mostra que um em cada cinco professores de Educação Infantil das escolas públicas e privadas brasileiras não tem curso superior.
Na Educação Infantil, 20,5% dos professores não tinham formação superior em 2023. No Ensino Fundamental, anos iniciais (1º ao 5º ano), esse percentual cai para 12,7%. Nos anos finais (6º ao 9º ano), é de 8%. Já no Ensino Médio, 3,9% dos docentes não têm graduação.
Considerando todos os professores da Educação Básica, 12,8% do corpo docente não tinham graduação em 2023. Com formação em licenciatura, são 84,5%. Já os com formação, mas sem ser licenciatura, o percentual é de 2,7%.