SP: Escola alvo de ataque retoma aulas com atividades de acolhimento e psicólogos

Atividades na instituição tinham sido suspensas por duas semanas; unidade passou por reforma nesse período e vigilante foi contratado

6 nov 2023 - 17h13
(atualizado às 17h15)
Policiais em frente à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, após a ocorrência de ataque com arma de fogo, na manhã do dia 23 de outubro
Policiais em frente à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, após a ocorrência de ataque com arma de fogo, na manhã do dia 23 de outubro
Foto: PETER LEONE/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO

Os alunos da Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, voltaram às aulas nesta segunda-feira, 6. As atividades na instituição de ensino tinham sido suspensas por duas semanas após o ataque, em outubro, que deixou uma estudante morta e outras feridas

Conforme comunicado enviado aos pais e responsáveis dos alunos, o retorno acontecerá de forma gradual nos dias 6, 7 e 8 de novembro, seguindo um cronograma separado por turma, e em horário especial. Um novo informe para os demais dias será divulgado posteriormente. Cerca de 1,8 mil crianças e adolescentes estudam na escola.

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Para esta segunda-feira, pela manhã, das 9h às 11h30, eram esperados estudantes de três turmas do Ensino Médio. Já a tarde, das 13h às 15h30, estava reservada para alunos do 6º ano e, à noite, das 19h às 21h, para todas as turmas desse período.

A escola não vai ter a programação normal de aulas durante toda a semana. Estão programadas atividades de acolhimento aos alunos, juntamente com dinâmicas, rodas de conversa e apresentações de dança, teatro e música, segundo a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc). Essas atividades serão realizadas pelas equipes de escolas parceiras.

A pasta também informou que manterá o plantão com profissionais do programa Psicólogos nas Escolas, uma equipe do Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), além de outros profissionais que estarão na unidade para oferecer atendimentos individuais e coletivos. As unidades de serviços básicos de saúde do município também estão à disposição dos alunos, funcionários, professores e familiares.

Além disso, para reforçar a segurança da instituição, foi contratado um vigilante privado desarmado, que começou a atuar nesta segunda-feira. 

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Escola reformada

Para receber os alunos, a Escola Estadual Sapopemba também passou por um processo de revitalização nesses dias em que as aulas foram interrompidas. Foram realizadas pinturas, reforma da quadra poliesportiva, instalação de novos portões e paisagismo.

De acordo com a Seduc, o recurso disponibilizado foi de cerca de R$ 900 mil, no total, e vieram da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão do governo paulista. O Terra teve acesso a fotos de alguns ambientes reformados na escola. Veja a seguir:

Escola Estadual Sapopemba
Foto: Estudante da escola para a Redação Terra
Escola Estadual Sapopemba
Foto: Estudante da escola para a Redação Terra
Escola Estadual Sapopemba
Foto: Estudante da escola para a Redação Terra

O ataque à Escola

Um estudante de 16 anos atirou contra três pessoas na manhã do dia 23 de outubro, dentro da Escola Estadual Sapopemba. Uma das alunas, de 17 anos e do 3º ano do Ensino Médio, não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada em um hospital da região. As outras vítimas passam bem. Uma quarta estudante ainda teve ferimentos leves ao tentar fugir do atirador. 

Após o ataque, o jovem deu a arma, de calibre.38 e que pertencia ao pai dele, para a coordenadora da escola e se entregou à Polícia. Ele foi levado para a 70º DP da cidade, onde foi ouvido e encaminhado à Fundação Casa.

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Em coletiva de imprensa após o ocorrido, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o governo estava se "sentindo frustrado e impotente". Segundo o político, a gestão irá rever as ações de prevenção à violência no ambiente escolar, implantadas em março deste ano após outro ataque à escola que ocorreu no Estado. 

Segundo relatos de estudantes ao Terra, o atirador sofria bullying por ser homossexual. Mas, conforme informações preliminares, a vítima fatal não tinha relação com os ataques homofóbicos sofridos pelo jovem de 16 anos. Ela teria sido a primeira pessoa vista pelo jovem e acabou sendo atingida. Nas investigações, a Polícia Civil de São Paulo também trabalha com a hipótese de mais envolvidos no ataque a escola. 

'Sentimento de frustração', diz Tarcísio ao visitar escola alvo de ataque em São Paulo
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ATENÇÃO: Se você sofre algum tipo de bullying na escola ou cyberbullying de colegas na internet, faça a denúncia no Disque 100 – Disque Direitos Humanos. A ligação é gratuita e o atendimento é feito 24 horas por dia. Para receber atendimento ou fazer denúncias pelo WhatsApp, basta enviar mensagem para o número 61 99656-5008. Também é possível ser atendido pelo Telegram, basta digitar "Direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo. Após uma mensagem automática inicial, o atendimento será realizado pela equipe do Disque 100.

Se você é pai, mãe ou responsável por uma vítima de bullying, converse com ele(a). Procure a direção da escola para tentar solucionar o problema entre os envolvidos e suas famílias. Se o(a) diretor(a) não tomar nenhuma atitude, formalize a denúncia em casos mais graves no Conselho Tutelar ou na polícia da sua cidade.

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Fonte: Redação Terra
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