Um grupo de oito pessoas agrediu alunos e uma funcionária da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na última sexta-feira, 1º. Eles entraram em um dos prédios da reitoria da universidade e causaram tumulto com violência, dizendo ser membros do Movimento Brasil Livre (MBL).
A universidade se manifestou por meio do perfil oficial nas redes sociais repudiando o ocorrido e explicando o que aconteceu. Segundo a UFPR, o grupo era liderado por Gabriel Costenaro e Matheus Faustino, que entraram em uma das sedes da reitoria e começaram a tirar fotos e fazer vídeos no 6º andar.
Os vigilantes tentaram informar que é preciso autorização prévia para captar imagens dentro da universidade. Uma trabalhadora terceirizada notou a movimentação na sala e se aproximou para entender o que estava acontecendo, e foi agredida com um soco no estômago, segundo informou a universidade.
Bandidos do MBL invadem Reitoria da UFPR, usam spray de pimenta, agride aluna e funcionária e TOMAM UM PAU dos alunos. pic.twitter.com/toi6NrNAKy
— Lázaro Rosa :brasil: (@lazarorosa25) September 2, 2023
O que aconteceu agora? pic.twitter.com/8q5syi2Nim
— MBL - Movimento Brasil Livre (@MBLivre) September 1, 2023
Dentro do Centro Acadêmico, um dos supostos membros do MBL se exaltou e usou spray de pimenta nos olhos de um estudante, que exigia que eles saíssem do local.
"Nesse ponto, um grupo de alunos, ao término de uma aula, em frente à sala, se manifestou invocando a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) e se recusou a permitir o uso de suas imagens". Mesmo assim, os supostos membros do MBL continuaram a gravar, e houve um "aumento das tensões", segundo a UFPR.
A universidade relatou que a situação ficou ainda pior quando o grupo desceu pelas rampas e o conflito foi para a rua. Uma estudante ficou ferida ao ser empurrada no chão.
Todos os estudantes envolvidos prestaram depoimento e registraram a ocorrência na delegacia.
Os estudantes envolvidos prestaram depoimentos e registraram o ocorrido na delegacia.
"Enfatizamos que a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis prestou todo o apoio necessário à trabalhadora terceirizada e a aluna ferida, para registro do Boletim de Ocorrência e realização do exame de corpo de delito", disse a universidade.
"É de extrema importância ressaltar que a UFPR condena veementemente ações de grupos organizados que buscam promover invasões e confrontos com o objetivo de ganhar notoriedade nas redes sociais. Estamos absolutamente comprometidos com a manutenção de um ambiente de paz, onde todas as vozes podem ser ouvidas e respeitadas. A UFPR reforça que é absolutamente contra qualquer tipo de violência física, verbal ou simbólica", completou a nota nas redes sociais.
O MBL não se pronunciou sobre o episódio. Na rede social X, o antigo Twitter, o movimento constatou que estava nos assuntos mais comentados do dia, questionando o que havia acontecido. Seguidores responderam que tratava-se do episódio na UFPR.