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Três histórias para acreditar que a educação muda vidas

Com investimento adequado, o ensino profissionalizante pode ser a retomada do crescimento econômico do País

9 ago 2022 - 15h55
(atualizado às 16h00)
A estudante Wendy Ramos
A estudante Wendy Ramos
Foto: Reprodução

O ensino profissionalizante proporciona aos jovens a oportunidade de empregabilidade e renda e, consequentemente, a inclusão social. O mercado de trabalho precisa de mão de obra produtiva e qualificada, logo, quando estudantes se apresentam com capacitação comprovada tem maiores oportunidades.

Hoje, somente 7% ou 8% dos brasileiros se formam nessa metodologia e há um espaço enorme para que mais brasileiros tenham essa formação. Com investimento adequado, esse modelo de ensino pode ser a retomada do crescimento econômico do País de forma contínua, gerando melhores oportunidades de emprego e renda para jovens e adultos.

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Veja algumas histórias para inspirar: 

De origem humilde, conseguiu realizar sonho de estudar medicina

Moisés
Foto: Reprodução

Moisés soube, desde criança, o que queria para seu futuro: trabalhar na área da saúde. Morando há uma hora e meia da região central de Belo Horizonte, precisava estudar nos finais de semana para manter a rotina do trabalho que mantinha na confecção de roupas com sua mãe. Na primeira porta que bateu, ouviu que ser enfermeiro não era algo para seu perfil, mas não desistiu. 

“No início, para economizar, eu levava marmitas e comia no corredor mesmo para ter tempo de voltar para a sala e estudar mais”, conta o jovem que hoje, aos 22 anos, viu a vida mudar completamente. Orgulhoso, Moisés conta que demorou só oito dias para conseguir o primeiro emprego como Técnico de Enfermagem, indo direto para o CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e, com seis meses de trabalho, já ensinava para os estagiários as técnicas usadas no dia a dia. “No sentido técnico, os estagiários já chegavam quase prontos. O que faltava era aquele dia a dia de hospital que a gente só pega vivenciando a rotina”, explica Moisés. 

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No início da Pandemia de Covid-19, ele foi realizar seu mais alto sonho e ser médico. Começou a trabalhar em dois hospitais, alternando turnos para juntar dinheiro e pagar as mensalidades. Decidiu que o Paraguai seria onde estudaria e, pela facilidade da fronteira, optou por morar no Mato Grosso do Sul. O ensino técnico foi porta de entrada para a medicina. Hoje ele já está no 2º ano do curso.

De servente de pedreiro ao atendimento pediátrico

Keniel Davi
Foto: Reprodução

Desde os 17 anos, Keniel Davi ajudava o pai como servente de pedreiro em uma rotina de mais de dez horas de trabalho por dia. Chegou a começar a faculdade de Direito mas logo percebeu que não queria estar ali. Com dúvidas entre fazer o Ensino Superior em Enfermagem ou Farmácia, ele decidiu que a Educação Profissional seria o melhor caminho. “Eu queria conhecer um pouco da rotina dos Técnicos de Enfermagem e, se não me adaptasse, tentaria outra coisa”, explica Keniel. 

Em 2019, tinha a exaustiva rotina de trabalhar e estudar como milhares de brasileiros. “Era cansativo, mas valeu a pena cada esforço”. Ao longo do curso, Keniel conta que trancou a matrícula por falta de dinheiro já que, durante o lockdown, ele e o pai precisaram parar de trabalhar. Segundo ele, professores entenderam a situação e, com muito diálogo, não o deixaram desistir. 

Nesse período de dificuldade, ele acompanhou de perto a paixão dos professores, que se dedicavam a ensinar com a maior clareza possível e enfrentavam a pandemia na linha de frente. “O estágio veio assim que retomei os estudos, consegui fazer a entrevista pela parceria da escola com o hospital. Fui trilhando meu caminho até estar no pronto atendimento da pediatria. Um sonho foi sendo formado junto com meu diploma”, diz Keniel. Atualmente, trabalha na ala pediátrica e pretende fazer o curso superior na área para alçar novos voos. “Me apaixonei por pediatria. Quero descobrir mais caminhos que a profissão pode me levar sem soltar a mão dos pequenos”, completa.

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Empreendedorismo feminino

Wendy Ramos
Foto: Reprodução

Há dois anos, no auge da pandemia da covid, Wendy Ramos, de 28 anos, decidiu que precisaria se profissionalizar para aumentar a renda familiar. Ela já atuava como cabeleireira e escolheu o curso de estética para começar uma jornada. Com altos e baixos, ela conta que em muitos momentos teve dúvidas e problemas pessoais que poderiam atrapalhar essa trajetória. "As pessoas que mais me motivaram foram os professores, pois muitas dificuldades pessoais pesavam na minha escolha entre seguir ou não com os estudos. Pensei muito em trancar o curso, mas eles me apoiaram para não desistir", afirma Wendy.

Ao se formar na Proz Educação, Wendy já estava atendendo na região da Mooca e Vila Mariana até que viu, no empreendedorismo, o próximo passo para si. Teve a chance de abrir um salão de beleza e uma sala de estética onde atendia como terceirizada e agarrou a oportunidade. Agora, com duas funcionárias, Wendy não para de fazer cursos de aperfeiçoamento.

Histórias como as de Wendy reforçam o empreendedorismo feminino e a importância que o setor de bem-estar e beleza tem tomado na fatia do mercado consumidor. Segundo projeção da Aesthetic Medicine Market Size & Growth, elaborada pela empresa americana Grand View Research, há previsão de crescimento de 14,5% no faturamento do setor entre os anos de 2022 e 2030.

Fonte: Redação Terra
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