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Unicamp: servidores contra e à favor de ocupação batem boca

Funcionários fizeram protestos e foram vaiados e aplaudidos por estudantes que ocupam reitoria

9 out 2013 - 17h56
(atualizado às 17h56)

Funcionários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) contrários aos alunos que invadiram há seis dias o prédio da reitoria fizeram um manifesto e bateram boca com funcionários a favor dos estudantes. O embate entre os servidores foi seguido pelos estudantes, uma parte no telhado da reitoria ocupada e outra parte em meio à multidão que se formou na praça em frente à reitoria. 

Um carro de som foi ligado e os funcionários pediam a palavra para colocar a sua posição pessoal frente à situação. Desde o último dia 3 de outubro, a reitoria está invadida por um grupo formado por mais de 100 estudantes que se manifestam contrários ao anúncio da universidade de colocar a Polícia Militar para patrulhar o interior do campus. 

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A decisão, que ainda não entrou em operação, ocorre após a morte do aluno do 2º ano de automação Denis Casagrande, 21 anos, após uma briga durante festa dentro do campus que não tinha a autorização oficial. Cinco pessoas foram responsabilizadas pelo crime. Três tiveram a prisão temporária decretada e os outros dois, que são menores de idade, estão à disposição da Vara da Infância e Juventude.

O encontro entre os servidores da Unicamp estava marcado para começar às 12h30, mas teve um pequeno atraso e demorou mais que o previsto. O microfone foi disputado para o posicionamento daqueles que preferem ver a reitoria sem a presença dos "mascarados", já que suas mesas de trabalho estão sendo "compartilhadas" por jovens "pichadores, anarquistas e perturbadores da ordem".

"Nós estamos lutando para a policia não vir aqui bater e prender todo mundo, seja aluno ou servidor", falou um estudante. "Isso é autoritarismo desse reitor que lambe as botas do governador Alckmin."

"Isso está errado, amanhã vocês voltam para a casa com o diploma debaixo do braço e nós ficamos aqui sem um policiamento", disse a servidora Maria Lúcia.

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Depois de quase duas horas de discussão, o grupo contrário à presença dos alunos na reitoria, decidiu fazer uma abraço simbólico no prédio. Por outro lado, o grupo que é a favor da permanência se perfilou nas paredes na reitoria simulando uma "batida" policial. Enquanto uns cantavam "cadê documento, mão pra cabeça" outros gritavam "a reitoria é nossa". 

Fonte: Terra
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