A Universidade de Columbia cancelou nesta segunda-feira sua principal cerimônia de formatura, antes marcada para 15 de maio, em favor de eventos menores, uma decisão que se segue a semanas de protestos pró-palestinos que têm agitado a escola.
"Decidimos tornar o ponto central de nossas atividades de formatura os Dias de Aula e as cerimônias em nível dos institutos, em que os alunos são homenageados individualmente ao lado de seus pares", disse a Columbia em um comunicado, chamando as últimas semanas de "incrivelmente difíceis para nossa comunidade".
Os protestos em Columbia, que chamaram a atenção nacional, inspiraram manifestações semelhantes em dezenas de universidades em todos os Estados Unidos. Os estudantes têm pedido por um cessar-fogo em Gaza e exigido que suas escolas se dissociem de empresas vinculadas a Israel.
Algumas universidades, inclusive Columbia, chamaram a polícia de choque para dispersar e prender centenas de manifestantes, alegando uma necessidade primordial de segurança no campus. Grupos de direitos civis têm condenado as táticas como infrações violentas à liberdade de expressão.
Mais de 34.600 palestinos foram mortos até o momento nas operações militares de Israel em Gaza, de acordo com autoridades de saúde no enclave. A guerra começou quando os militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando 252 outras, das quais acredita-se que 133 permaneçam em cativeiro, de acordo com registros israelenses.
O tumulto nas universidades fez com que várias delas mudassem o local, modificassem ou cancelassem completamente as cerimônias de formatura.
Em abril, a Universidade do Sul da Califórnia também cancelou sua cerimônia principal, uma semana após cancelar o discurso de formatura de uma estudante muçulmana que disse ter sido silenciada pelo ódio antipalestino.
A Columbia disse nesta segunda-feira que havia consultado os líderes estudantis para decidir como lidar com a formatura. A maioria das cerimônias, que estavam programadas para ocorrer no campus onde aconteceu a maioria dos protestos, será realizada em um complexo esportivo, a cerca de oito quilômetros de distância.
Na semana passada, a polícia de Nova York liberou um prédio do campus da Columbia que havia sido barricado por manifestantes pró-palestinos, prendendo mais de 100 pessoas e desmantelando um acampamento.