Nesta quarta-feira, a Universidade de São Paulo ganhou destaque internacionalmente. E desta vez não foi por conta das denúncias de estupro e discriminação feitas pelos alunos, mas pela qualidade do ensino. No renomado "Brics & Emerging Economies Rankings 2015", ranking britânico das 100 melhores universidades de Brasil, Rússia, índia, China, África do Sul e outras 17 economias emergentes, ela subiu uma posição em relação ao ano passado e apareceu entre as 10 primeiras.
No geral, as notícias para a educação superior brasileira, no entanto, não são tão animadoras. Apenas outras três instituições aparecem na lista (número considerado baixo pelos organizadores), sendo que todas elas caíram posições em relação ao últimos levantamento. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi do 24° para o 27° lugar; a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) caiu de 60° para 61°; e a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) de 87° para 97°.
O grande destaque da lista é a China, dominante entre as economias emergentes, que aparece com 27 universidades no top 100. Em seguida está Taiwan, com 19, e Índia, com 11. Por outro lado, Egito, Indonésia, Peru e Filipinas não possuem nenhuma universidade no ranking.
Sobre o ranking
O "Brics & Emerging Economies Rankings" é produzido anualmente pela revista Times Higher Education. As revisões, de acordo com ela, são feitas a partir de 13 critérios "confiáveis, rigorosos e abrangentes" usados na criação do The World University Rankings que cobrem "todos os aspectos da missão das universidades modernas". Entre eles estão o ensino, a pesquisa, a tranferência de conhecimento e a vocação internacional. Além disso, segundo a publicação, analisa "o caráter e as prioridades de desenvolvimento" dessas instituições.
Os países que a integram são Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Chile, Colômbia, República Tcheca, Egito, Hungria, Indonésia, Malásia, México, Marrocos, Paquistão, Peru, Filipinas, Polônia, Taiwan, Tailândia, Turquia e Emirados Árabes Unidos.