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USP Leste retoma atividades após 50 dias de greve por terreno contaminado

30 out 2013 - 10h10
(atualizado às 10h16)

Estudantes, funcionários e professores da Universidade de São Paulo do campus Ermelino Matarazzo (USP Leste) retomaram as atividades nesta quarta-feira após anunciar o fim da greve que já durava 50 dias. Eles cobravam uma solução para o problema de contaminação do solo local, que concentra gás metano proveniente do descarte do desassoreamento do Rio Tietê.

A USP Leste obteve licença ambiental de operação em novembro do ano passado, mas a universidade deveria fazer adequações. No dia 2 de agosto, a unidade foi autuada pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) por descumprimento de 11 exigências. Uma delas trata justamente do sistema de extração de gases do subsolo. Segundo o auto de infração, a presença do gás metano torna o solo "impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde".

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A contaminação foi o estopim para a greve e a ocupação do prédio da reitoria, no dia 1º, já que os alunos pediam providências em relação ao problema. Alunos ocuparam o prédio da administração da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Leste reivindicando eleições diretas para reitor, votação paritária entre as três categorias (alunos, funcionários e professores) e fim da lista tríplice, que confere ao governador a escolha do reitor entre os três nomes mais votados. A Justiça logo determinou a reintegração de posse do prédio, e no dia 19 o Batalhão de Choque da Polícia Militar concluiu a ordem judicial de maneira pacífica.

No dia 10 de outubro, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) deu à USP Leste um prazo de dez dias para readequar seu plano de ação, que foi entregue ao órgão no dia 2, após a universidade ter recebido um auto de infração que apontava descumprimento de 11 exigências no campus, entre as quais a implantação de um sistema de extração de gases do subsolo.

Fonte: Terra
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