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USP perde 11 posições em ranking de melhores do mundo

14 set 2015 - 21h23
(atualizado em 15/9/2015 às 08h48)

A Universidade de São Paulo (USP) perdeu 11 posições no ranking das melhores instituições de ensino superior do mundo elaborado anualmente pela empresa britânica Quacquarelli Symonds (QS).

Ainda assim, a USP aparece como a universidade brasileira melhor posicionada na 12ª edição do QS World University Rankings, em 143º lugar. Em 2014, estava em 132º.

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USP manteve-se como a universidade brasileira melhor posicionada em ranking global
USP manteve-se como a universidade brasileira melhor posicionada em ranking global
Foto: USP

Por sua vez, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) subiu 11 posições, para o 195º lugar, sendo a única outra universidade do Brasil a ficar entre as 200 melhores do mundo.

"A queda da USP se deve em grande parte a um ajuste de nossa metodologia. Mudamos a forma como avaliamos as citações de pesquisas por cada área de conhecimento", explica Simona Bizzozero, porta-voz da QS.

"Antes, universidades que eram mais fortes em áreas de Ciências da Vida e Medicina acabavam levando vantagem – pois as pesquisas nestas áreas costumam ser mais divulgadas em publicações científicas e em inglês, o que facilita que sejam citadas por outros pesquisadores – do que pesquisas feitas em outras áreas, como Ciências Sociais, que acabam sendo publicadas em livros e em idiomas locais."

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Ao todo, 22 universidades brasileiras aparecem na lista, tornando o Brasil o país da América Latina com mais instituições na avaliação feita pela QS, à frente da Argentina, com 16, e do México, com 14.

"A performance do Brasil variou. Algumas universidades ganharam posições, enquanto outras perderam. Mas, em comparação com outros Brics, o Brasil vai bem", afirma Bizzozero.

"Neste ano, por exemplo, a Índia teve pela primeira vez duas universidades no top 200, algo que o Brasil já tem há muito tempo. Claro que são duas realidades bem diferentes, mas com desafios bastante semelhantes. O Brasil fez um grande investimento nas últimas décadas para internacionalizar seu ensino superior, mas ainda há espaço para melhorar."

Avaliação

Assim como em 2014, MIT ocupa o topo do ranking das melhores universidades do mundo
Foto: MIT

Para ser avaliada pela QS, uma universidade precisa cumprir dois requisitos: ter cursos de graduação e de pós-graduação e atuar em ao menos duas áreas de conhecimento.

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Com isso, das cerca das 20 mil universidades existentes no mundo, 3.500 foram avaliadas e 891 entraram no ranking de 2015.

Neste ano, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, manteve-se na primeira posição, assim como em 2014.

A Universidade de Harvard, também nos Estados Unidos, subiu duas posições, para a vice-liderança da lista, ocupada no ranking anterior pela Universidade de Cambridge, do Reino Unido, que agora está em 3º lugar.

Reputação

No ranking de 2015, a USP ainda aparece bem colocada em dois quesitos. Foi a 51ª em reputação acadêmica, baseado na resposta de 77 mil acadêmicos, e a 57ª em reputação entre empregadores, segundo a avaliação de 40 mil empresas.

"É interessante que as posições em ambos os quesitos sejam próximas, ainda mais se você considerar o tamanho da amostra da pesquisa. É um sinal de prestígio entre os pares da academia e no mercado", diz Bizzozero.

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A USP também teve quatro áreas de conhecimento entre as cem melhores do mundo. Foi a 81ª em Ciências Sociais e Administração, a 90ª em Artes e Humanidades, a 99ª em Engenharia e Tecnologia e a 100ª em Ciências da Vida e Medicina.

Mas as universidades brasileiras ainda deixam a desejar quando é analisado o número de citações de estudos científicos realizados por elas.

Nenhuma universidade brasileira conseguiu ficar entre as 300 melhores do mundo. A melhor colocada foi a Unicamp, na 343ª posição.

"Isso mostra que, apesar de ter faculdades excelentes, as universidades brasileiras ainda enfrentam dificuldades para ter obter reconhecimento para seu trabalho de pesquisa", diz a QS na apresentação dos resultados do ranking.

Segundo a empresa, "pesquisas sobre o ensino superior no país reconhecem que é indispensável que este setor seja de alta qualidade para que haja desenvolvimento científico e tecnológico e de capital humano".

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"Mas não há um consenso sobre a melhor forma de promover uma melhoria da performance do ensino superior brasileiro."

"Se o ensino superior for servir de catalisador para o retorno do crescimento de longo prazo do Brasil, será necessário atingir este consenso", afirma a QS.

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