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USP volta ao top 200 de universidades do mundo após 12 anos; veja ranking

Brasil tem 61 representantes e está no topo da América Latina no levantamento da revista 'Times Higher Education', que avaliou 2.092 instituições

8 out 2024 - 20h12
(atualizado às 20h40)
Praça do Relógio, um dos símbolos da USP na Cidade Universitária
Praça do Relógio, um dos símbolos da USP na Cidade Universitária
Foto: Nilton Fukuda/Estadão / Estadão

A Universidade de São Paulo (USP) está entre as 200 melhores - ocupando o 199º lugar - instituições de ensino superior do mundo, segundo o ranking 2025 da revista britânica Times Higher Education (THE), divulgado nesta terça-feira, 8. Esse foi o melhor desempenho da instituição em doze anos no levantamento, um dos mais importantes da área. A USP lidera na América Latina.

O THE avalia as universidades em cinco áreas:

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  • Ensino (ambiente de aprendizagem);
  • Ambiente de Pesquisa (volume, renda e reputação);
  • Qualidade da Pesquisa (impacto das citações, força da pesquisa, excelência em pesquisa e influência da pesquisa);
  • Visão Internacional (corpo docente, estudantes e pesquisa);
  • Indústria (renda e patentes).

Nos quatro anos anteriores, 27 países permaneceram entre os 200 melhores, mas, nesta edição, o número subiu para 30, com Brasil, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos na elite. O ranking, que está na sua 21ª edição, tem 2.092 universidades classificadas de 115 países e regiões.

O Brasil é a nação com o 9º maior número de universidades (61). Os EUA têm a maior quantidade (174), seguidos de Japão (119), Índia e Reino Unido (ambos com 107).

Em comparação com o restante da América do Sul, as universidades brasileiras têm a pontuação média mais alta em três pilares: ensino, ambiente de pesquisa e colaboração com a indústria.

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Para a THE, o desempenho pode ser "um ponto de inflexão para o sistema de ensino superior do País, que enfrentou período desafiador" na gestão Jair Bolsonaro (PL), com cortes de verba para as universidades públicas.

O Equador ocupa a primeira posição no pilar que envolve a internacionalização, campo que considera, por exemplo, a proporção de alunos e docentes estrangeiros. O Chile é o número um em qualidade de pesquisa.

Das 61 universidades brasileiras classificadas, 11 desceram de posição este ano, enquanto apenas duas subiram. As demais mantiveram seus lugares.

Especialistas ponderam que interpretar rankings não é fácil e oscilações - para cima ou para baixo - devem ser vistas com cuidado. Pesam também ajustes nos critérios de avaliação ou no número de instituições analisadas, por exemplo.

É preciso ainda levar em conta particularidades das instituições, como total de alunos, perfil dos docentes, políticas de inclusão social, natureza das pesquisas, modelo de financiamento (se público ou privado) etc.

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Por exemplo: as principais instituições brasileiras são públicas. Isso envolve restrições nas possibilidades de gastos com equipamentos de pesquisa, parcerias com a iniciativa privada ou de oferta de salários mais altos para atrair e reter talentos.

A líder global é a Universidade de Oxford, no topo por um período recorde de nove anos consecutivos. O Massachusetts Institute of Technology (MIT) é a 2ª melhor e, em 3º, Harvard.

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