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vc repórter: 60% dos professores aderem à greve na Unicamp

Sindicato planeja reduzir o número de atendimentos no Hospital de Clínicas e no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism)

28 mai 2014 - 18h00
(atualizado às 18h08)
Professores realizaram ato em frente à reitoria na última terça-feira
Professores realizaram ato em frente à reitoria na última terça-feira
Foto: Wagner Guidi / vc repórter

A greve de professores e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, está tomando maiores proporções. Dados da Adunicamp apontam que entre os docentes, paralisados desde a última terça-feira, a adesão ao movimento é de mais de 60%. Já entre os demais servidores, que interromperam suas atividades na última sexta-feira, o índice está entre 60% e 70%, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU). 

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Em contato com o Terra na última quinta-feira, a Adunicamp havia informado que os demais servidores da instituição só entrariam em greve na terça-feira, porém a paralisação foi iniciada ainda na sexta.

O protesto é fruto da decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp), em reunião realizada no dia 12 de maio, que determinou reajuste zero para todas as categorias em 2014. A insatisfação foi geral e, de acordo o STU, apenas quatro das 22 unidades de ensino e pesquisa da Unicamp não adeririam à greve parcial, ou integralmente.

Para os servidores, a manhã desta quarta-feira foi de reuniões, tanto organizativas do comando de greve, quanto setoriais. Já no período da tarde, os adeptos da paralisação foram ao centro da cidade para prestar solidariedade aos trabalhadores da Saúde, que protestavam por melhorias no setor.     

Em seu segundo dia de greve, os professores da Unicamp realizaram nesta quarta-feira uma assembleia para discutir os rumos do movimento. A Adunicamp afirmou que a presença do corpo docente foi massiva, reunindo as mais diversas áreas de ensino. O encontro determinou a continuidade da paralisação e a realização de atividades de greve na próxima semana. 

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O STU confirmou a intenção de reduzir o número de atendimentos no Hospital de Clínicas e no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism).  “Isso está sendo planejado pelo comando de greve local. Estão organizando tudo para garantir, pelo menos, o funcionamento da área de emergência. Mesmo os trabalhadores que aderiram ao movimento estão em atividade. Alguns prejuízos são inevitáveis, mas a ideia é tentar minimizar”, explicou. 

O sindicato afirmou que a reitoria e o Cruesp, até o momento, não chamaram representantes da categoria para conversar. Porém, acrescentou que, após uma reunião, o Consu (Conselho Universitário) solicitou a reabertura das negociações, o que obrigará o reitor José Tadeu Jorge a dar um encaminhamento para o pedido de diálogo. 

Em nota, a Unicamp afirmou que as atividades seguem normalmente em 85% das 22 unidades de ensino e pesquisa da universidade. Nos outros 15%, segundo a instituição, houve adesão predominantemente de servidores técnico-administrativos. A faculdade garantiu que os atendimentos na área da Saúde também estão dentro do normal.

O leitor Wagner Guidi, de Limeira (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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