Professores e funcionários da Unicamp decidiram entrar em greve a partir da próxima terça-feira, dia 27 de maio. A paralisação geral foi deliberada em diversas assembleias na Cidade Universitária, em Campinas (SP). Os trabalhadores protestam contra determinação da reitoria, que definiu reajuste zero para todas as categorias em 2014.
O movimento de docentes e servidores da Unicamp está integrado ao de funcionários da USP e da Unesp. A Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) defende a reposição salarial pelo índice do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de maio de 2013 até abril deste ano, que chega a 7,05%, mais 3%, por conta de perdas anteriores.
No dia 12 de maio, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) se reuniu com representantes do Fórum das Seis (que engloba sindicatos de professores da USP, Unesp, Unicamp e do Centro Paula Souza) e informou que os salários de professores e funcionários técnico-administrativos das universidades estaduais paulistas permaneceria nos valores atuais. A decisão foi divulgada por meio de comunicado no dia seguinte.
Na última quarta-feira, um novo encontro foi realizado entre as duas partes. O Cruesp reiterou sua posição e encerrou as negociações. Com isso, as universidades combinaram uma paralisação de um dia, para definir que rumo tomar. As propostas foram levadas a assembleias dentro das universidades e, na noite do mesmo dia, docentes e servidores da USP declararam greve.
Segundo a Adunicamp (Associação de Docentes da Unicamp), a Unesp não se posicionou sobre a adesão à greve até o momento porque as assembleias na universidade ainda estão em andamento. A associação explicou que o grande número de campi fará com que a deliberação se estenda por até quatro dias. Entretanto, a entidade afirmou que, até onde foi informada, todas as assembleias finalizadas na Unesp decidiram pela greve a partir do dia 27.
A Adunicamp informou ainda que, entre esta sexta-feira e segunda-feira, representantes da associação vão acompanhar reuniões em unidades da Unicamp para organizar o início da paralisação geral.
Em nota oficial, a Unicamp reiterou comunicado do Cruesp emitido na última quarta-feira. “Com a confirmação da arrecadação efetiva do ICMS de abril, os níveis de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento passaram a ser 95,42% na Unesp, 97,33% na Unicamp e 105,33% na USP, o que levou o Cruesp a prorrogar a discussão da data-base para setembro/outubro deste ano”, reproduziu a universidade.
O leitor Wagner Guidi, de Limeira (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.