Parados há 57 dias, funcionários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram manter a greve em assembleia ocorrida na manhã da última quinta-feira. Cerca de 500 trabalhadores aprovaram a continuidade da paralisação que acontece devido à determinação da reitoria, que definiu reajuste zero para todas as categorias.
A assembleia aconteceu um dia após a reunião entre o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) e o Fórum das Seis (que engloba sindicatos de professores da USP, Unesp, Unicamp e do Centro Paula Souza).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), os reitores não quiseram discutir a questão salarial, “dizendo novamente que este assunto seria tratado em setembro/outubro”.
Em nota, o Cruesp confirmou a retomada da questão do dissídio para os próximos meses e afirmou que foram discutidos outros itens da pauta unificada, conforme já havia sido estabelecido anteriormente.
A assembleia aprovou ainda propor ao Fórum das Seis não iniciar o segundo semestre letivo até que o reajuste seja aprovado. Segundo a assessoria de imprensa do STU, cerca de 70% dos trabalhadores já aderiram à greve, iniciada no dia 23 de maio.
No início da paralisação, a Unicamp afirmou que as atividades seguiam normalmente em 85% das 22 unidades de ensino e pesquisa da universidade. Nos outros 15%, segundo a instituição, houve adesão predominantemente de servidores técnico-administrativos.
O leitor Wagner Guidi, de Limeira (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.