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Veja quem são os estudantes de Medicina investigados pela PF por suspeita de fraude no Enem

André Ataíde teria realizado provas com identidades falsas de candidatos, que foram aprovados em Medicina na UEPA

19 fev 2024 - 12h20
(atualizado às 13h10)
Resumo
Três estudantes da Universidade Estadual do Pará, em Marabá, são investigados pela Polícia Federal por suspeita de fraude no Enem. O principal alvo da investigação foi André Rodrigues Ataíde, de 23 anos, que usou documentos falsos para fraudar a prova no lugar de um amigo e um parente em 2022 e 2023.
André (esq.) Moisés (meio) e Eliésio (dir.) são investigados por participar de esquema de fraude no Enem
André (esq.) Moisés (meio) e Eliésio (dir.) são investigados por participar de esquema de fraude no Enem
Foto: Montagem/Reprodução/Redes sociais

Três estudantes de Medicina de Marabá, no Pará, são investigados pela Polícia Federal por suspeita de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Um deles, André Rodrigues Ataíde, teria realizado a prova no lugar dos outros dois candidatos em 2023 e 2022, usando uma identidade falsa.

Com a nota obtida, eles ingressaram no curso de Medicina na Universidade Estadual do Pará (UEPA) em Marabá, mas sem terem feito a prova.

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Segundo a investigação, André falsificou a assinatura no dia da realização do enem e usou documentos falsos. Os três investigados negaram as acusações e devem responder em liberdade.

André Rodrigues Ataíde

André Rodrigues Ataíde é investigado pela Polícia Federal por fraudar provas no Enem
Foto: Reprodução/Facebook

O estudante André Ataíde, de 23 anos, é o principal alvo da Polícia Federal na investigação. Ele é quem teria realizado as provas no lugar dos outros suspeitos. André é estudante de Medicina na UEPA, e está no sétimo período do curso.

Ele teria feito a prova no lugar de um parente em 2022, e em 2023, fez o mesmo para um amigo. O jovem teria falsificado a assinatura ao assinar as provas do Enem.

De acordo com reportagem exibida no Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 18, André teria recebido a quantia de R$ 150 mil para realizar o Enem no lugar de outras pessoas. A PF apura se houve crime de fraude em outros vestibulares e concursos.

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Eliésio Ataide

Eliédio Ataide é um dos investigados pela PF, suspeito de fraude no Enem
Foto: Reprodução/Facebook

Eliésio Ataide, de 25 anos, é da família de André. Em 2022, ele foi aprovado na universidade usando a nota do Enem. Segundo a PF, André teria realizado a prova no lugar de Eliésio.

O jovem usou a nota do Exame para ingressar na UEPA, onde cursa Medicina, e está indo para o segundo ano.

Nas redes sociais de Eliésio, consta que ele é formado em Engenharia de Produção pela mesma universidade.

Moisés Assunção

Moisés Assunção é um dos investigados pela PF, suspeito de fraude no Enem
Foto: Reprodução/Instagram

Moisés Assunção é investigado por suspeita de se beneficiar do esquema de fraude no Enem. Ele tem 25 anos e era estudante de Psicologia na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Ele se increveu no Enem em 2023 e escolheu Medicina na UEPA após receber uma nota alta.

Segundo a PF, ele teria trocado mensagens com a namorada durante os horários das provas do Enem, nos dias 5 e 11 de novembro. Na hora em que as mensagens foram enviadas, ele deveria estar incomunicável para realizar as provas e redação.

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A investigação aponta que as provas podem ter sido feitas por André Ataíde, na cidade de Itupiranga, no Pará.

Atualmente, Moisés está matriculado para o primeiro semestre de Medicina na UEPA, onde as aulas devem iniciar em março.

Segundo a Polícia Federal, além da UEPA, a Unifesspa, antiga universidade de Moisés, forneceram documentos para auxiliar nas investigações.

Investigação

Polícia Federal investiga alunos de Medicina por fraude no Enem
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal deu início às investigações há cerca de 20 dias, após receber denúncias anônimas. André publicou nas redes sociais que teria feito a prova do Enem para amigos.

A PF conseguiu acesso a mensagens trocadas entre Moisés e a namorada, no horário da prova, que comprova que ele não estava fazendo o Enem.

A operação Passe Livre, da PF, apreendeu celulares e provas e ouviu os três estudantes investigados, que foram liberados após depoimentos, na sexta-feira, 16. Os três jovens negam as acusações, segundo suas defesas.

Caso a fraude seja comprovada, os estudantes podem responder por crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso.

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Em nota, a UEPA informou que acompanha e colabora com as investigações da Polícia Federal, e aguarda a conclusão do processo para tomar as medidas cabíveis.

O INEP, responsável pela aplicação do Enem, informou ao Fantástico que nunca houve uma situação semelhante em anos de realização do Enem e que o ocorrido no sudeste do Pará seria um caso isolado.

Fonte: Redação Terra
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