Élcio Queiroz diz que Ronnie Lessa matou Marielle e explica detalhes do crime

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que ainda resta solucionar os mandantes do atentado que matou a vereadora e também seu motorista, Anderson Gomes

24 jul 2023 - 11h01
(atualizado às 11h55)

O ex-PM Élcio de Queiroz firmou delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), segundo informou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta segunda-feira (24). Élcio forneceu detalhes a respeito do atentado contra a vereadora Marielle Franco e contra o motorista Anderson Gomes.

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Foto: PM Élcio de Queiroz fez acordo de delação premiada e deu detalhes do atentado que matou a vereadora carioca Marielle Franco, em 2019 (Crédito Tribunal de Justiça) / Perfil Brasil

Élcio está preso desde 2019, ao lado do amigo, o ex-policial reformado Ronnie Lessa. Eles serão julgados pelo Tribunal do Júri, mas a sessão ainda não foi agendada.

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No depoimento já homologado pela Justiça, Élcio confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque e afirmou que Ronnie de fato fez os disparos com uma submetralhadora contra Marielle.

Élcio disse ainda que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, fez campanas para vigiar a vereadora e participaria da emboscada, mas acabou trocado por ele. Segundo Dino, foi a delação que embasou a operação de hoje, que prendeu o ex-bombeiro no Rio.

Suel foi condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto. O ex-bombeiro tinha sido preso em junho de 2020 durante a Operação Submersos II.

De acordo com o MPRJ, Maxwell era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do assassinato e amigo de Suel. O ex-bombeiro também teria ajudado a jogar o armamento no mar.

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A delação de Elcio encerra investigação no que se refere à execução, afirmou Dino. Resta ainda solucionar quem foram os mandantes do crime. "A investigação não está concluída, [a delação] permite um novo patamar de investigação, a dos mandantes", disse o ministro.

"Nas próximas semanas, provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhido no dia de hoje", declarou.

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